terça-feira, 30 de março de 2021

Campo de atuação na vida pública

                                                        Campo de atuação na vida pública 

                                     Gênero: Proposta/projetos culturais e ações de intervenção

escrito por: Samuel e Izabel

Trata-se, neste Campo, de ampliar e qualificar a participação dos jovens nas práticas relativas ao debate de ideias e à atuação política e social, por meio do(a):

 - compreensão dos interesses que movem a esfera política em seus diferentes níveis e instâncias, das formas e canais de participação institucionalizados, incluindo os digitais, e das formas de participação não institucionalizadas, incluindo aqui manifestações artísticas e intervenções urbanas;

- reconhecimento da importância de se envolver com questões de interesse público e coletivo e compreensão do contexto de promulgação dos direitos humanos, das políticas afirmativas, e das leis de uma forma geral em um estado democrático, como forma de propiciar a vivência democrática em várias instâncias e uma atuação pautada pela ética da responsabilidade (o outro tem direito a uma vida digna tanto quanto eu tenho)

- desenvolvimento de habilidades e aprendizagem de procedimentos envolvidos na leitura/escuta e produção de textos pertencentes a gêneros relacionados à discussão e implementação de propostas, à defesa de direitos e a projetos culturais e de interesse público de diferentes naturezas.

     Em uma de suas habilidades diz que, trata-se também de possibilitar vivências significativas, na articulação com todas as áreas do currículo e com os interesses e escolhas pessoais dos adolescentes e jovens, que envolvam a proposição, desenvolvimento e avaliação de ações e projetos culturais, de forma a fomentar o protagonismo juvenil de forma contextualizada.

     Um projeto cultural é um documento que deve reunir todo o planejamento de um evento ou de apresentações artísticas, como shows musicais, peças de teatro etc. Esses projetos culturais fazem parte de iniciativas importantes dentro das escolas, que visam complementar a formação do aluno, mostrando a ele um conhecimento da diversidade cultural existente, principalmente no seu país. O desenvolvimento de um projeto cultural deve está voltado a valorização da cultura, que possui a sua importância na formação do cidadão, contribuindo para o desenvolvimento do senso crítico e possibilitar reflexões.

      Atividades culturais contribuem para o desenvolvimento de outras formas de linguagem, entretanto esses projetos não podem ficar voltados apenas para eventos ou datas marcantes, mas fazer parte do cotidiano escolar, e acontecer de forma frequente. Uma das habilidades relacionadas a este campo seria a habilidade:

 (EF69LP21) Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas não institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais, intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que pretendam denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/ação, relacionando esse texto/produção com seu contexto de produção e relacionando as partes e semioses presentes para a construção de sentidos.

(EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão.

(EF69LP24) Discutir casos, reais ou simulações, submetidos a juízo, que envolvam (supostos) desrespeitos a artigos, do ECA, do Código de Defesa do Consumidor, do Código Nacional de Trânsito, de regulamentações do mercado publicitário etc., como forma de criar familiaridade com textos legais – seu vocabulário, formas de organização, marcas de estilo etc. -, de maneira a facilitar a compreensão de leis, fortalecer a defesa de direitos, fomentar a escrita de textos normativos (se e quando isso for necessário) e possibilitar a compreensão do caráter interpretativo das leis e as várias perspectivas que podem estar em jogo. 

(EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas.

       As manifestações artísticas são formas de linguagem e permite ao aluno se expressar de maneiras diferentes, contribuindo para o seu enriquecimento cultural e também pessoal e despertando o seu discernimento critico. Para isso a escola possui um papel importante na transmissão   de variadas características culturais, proporcionado ao aluno o contato com diferentes manifestações. 

quinta-feira, 25 de março de 2021

CAMPO JORNALÍSTICO-MIDIÁTICO

 




 A BNCC aborda elementos do jornalismo em vários momentos. Os processos e reflexões aparecem no Campo Jornalístico-Midiático em Língua Portuguesa de forma mais explícita. Porém estão presentes nas estratégias de construção de conhecimento, abordando fontes, investigação e comunicação científica. Em relação a este Campo, a intenção de ampliar e qualificar a participação das crianças, adolescentes e jovens nas práticas relativas com a informação e opinião, que estão no centro da esfera jornalística/midiática. Além de construir conhecimentos e desenvolver habilidades envolvidas na escuta, leitura e produção de textos. O gênero que escolhemos dentro do Campo jornalistico midiatico foi a crônica com tema principal a crônica humorística com base na habilidade BNCC: (EF89LP35). A crônica humorística tem como base a ironia, humor e sarcasmo que de um modo humorística tratam assuntos que pode causar impacto na sociedade. Um dos principais escritores de crônica humorística é o autor Luiz Fernando Veríssimo.No campo jornalístico o gênero crônica é abordado como um dos gêneros que existe nesse campo por se destacar em abordar aspectos do cotidiano. Sobre o campo jornalístico midiático deixo sites para pesquisa sobe a influênciada professora Gracivania : https://ead.pucpr.br/blog/o-que-e-cronica https://www.todamateria.com.br/cronica/ https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/cronica.....






Trabalho apresentado: Naiara Alves e Fernando Nunes. 

Supervisionado por Gracivania

Gênero Enquete

 Alunas: Elaine Carvalho e Nerice Luiza

Qual a importância do aluno aprender sobre a enquete ?
Ele(a) poderá identificar a enquete como uma pergunta de uma notícia ou de algo ocorrido para a qual se quer a opinião de um grupo de pessoas, formular perguntas para saber a opinião de várias pessoas sobre um determinado assunto.

Qual a importância da enquete para os pais dos alunos?
Assim como todas as pessoas, eles têm no íntimo o desejo de sentir que são apreciados. No momento em que a escola pergunta a opinião deles, ela está dizendo que essa opinião é importante, que ela poderá contribuir para as ações referentes ao assunto que está sendo levantado.











Campo Jornalístico Midiático

O gênero escolhido dentro do Campo Jornalístico Midiático para trabalhamos foi a Crônica humorística com a base na habilidade  BNCC: (EF89LP35) e com público -alvo a turma do 9º ano.
A Crônica humorística utiliza a ironia, o humor e o sarcasmo para tratar assuntos que impactam a sociedade, como por exemplo, política e economia. E um dos principais escritores de crônica humorística é o autor Luiz Fernando Verissimo, indico a leitura do poema O HOMEM TORTO, muito bom. 

quarta-feira, 24 de março de 2021

Dicas para um bom fichamento!

De acordo ABNT o fichamento é elaborado da seguinte maneira: através da interpretação das leituras de livros, artigos, dentre outros. Há três tipos de fichamentos, o descritivo, o simples e o de estilo universitário, os quais são mencionados no vídeo.
 Alunos: Lucas Gonçalves, kamila Pires,Gisele Bento e Railane Pereira.

Apresentação sobre o campo Jornalístico/ Midiático

 



Minha apresentação será sobre o Campo Jornalístico / Midiático onde irei apresentar o tema de PROPAGANDA e abordarei sobre uma especificação do gênero propaganda sugerido pela BNCC para trabalhar na sala de aula em seguida trouxe uma parte de um texto de BAKHTIN, 2003, p. 262 .Nos traz uma referência para trabalhar o assunto pela qual ele embasei-a numa proposta sobre o gênero propaganda, em seguida falo sobre a integração nas práticas de linguagens aonde é abordada quatro temas de como observar no aluno o que ele compreendeu sobre o tema, elas são a oralidade, leitura , produção textual e a analise linguística onde observamos nos alunos a capacidade de olhar uma propaganda e saber identifica a característica  fazer uma leitura e depois conseguir produzir um texto, e em seguida analisar a linguísticas ali aplicada nisso a eficiência comunicativa, beleza e a criatividade do que está sendo abordado.

Eu trago as habilidades para trabalhar com o 8° ano de acordo com a BNCC (EF08LP03) onde ela traz habilidades para trabalhar com o aluno na sala de aula, em quais meios eu utilizo para trabalhar no tema propaganda posso levar revistas jornais, emitir propaganda no slide em imagens levando o aluno a observar o que vamos e estamos trabalhando, abordar no aluno como orientado na BNCC  levando a analisar as propaganda para trabalhar, eu falo sobre a vacinação do covid-19 em pessoas levando em consideração a eficácia que já foi estudada e comprovadas sobre a vacinação em porque atores e atrizes que fazem lá uma propaganda informando a importância da vacinação e qual o objetivo ao passar propaganda como essas na TV por que ainda a pessoas que se recusam a vacinar, temos muitas notícias falsas por ai que mudam a cabeça das pessoas sobre essa doença que está matando tantas pessoas entre outros assuntos que podemos refletir sobre a COVID-19.

Trabalhando com o aluno e assim levando a compreender o tema propaganda incentivando a ter outro aspecto sobre o tema, observando em meu aluno o quanto ele se entusiasma e participa dentro de um jogo de linguagem desenvolvendo uma leitura mais detalhada desenvolvendo um olhar crítico sobre o que a imagem quer passar a refletir ao se publicar as pessoas.




CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO. 

por Tatyany Mota Rodrigues.

Campo Jornalístico Midiático- tem como objetivo ampliar e classificar a participação de crianças, adolescentes e jovens nas práticas relativas a informação e opinião, que estão no centro da esfera da  jornalística/midiática. Para além de construir conhecimentos e desenvolver habilidades envolvidas na escuta, leitura e produção de textos que circulam no campo, é também de poder propiciar experiências que despertem uma sensibilidade aos fatos que ocorrem em sua comunidade, cidade e no mundo e que afetam a vida das pessoas. Consequentemente incorporar a rotina dos jovens a busca pelos mais diversos gêneros jornalísticos para que possam desenvolver sua autonomia na produção de texto de opinião e desenvolvam seu senso crítico e possam participar de debates de forma ética e respeitosa.

Vários são os gêneros possíveis de serem trabalhados em atividades de leitura e produção de textos; Noticia em que pode estar inseridos, álbum noticioso, carta ao leitor, entrevista, etc. Reportagem, reportagem multimidiática, fotorreportagem, foto-denuncia, artigo de opinião, editorial, resenha crítica, crônica, comentário, debate, vlog noticioso, vlog cultural, meme, charge, charge digital, politica remix, anuncio publicitário, propaganda, jingle, spot, dentre outros. Sugere-se que a cada ano seja comtemplado gêneros que lidem com a informação, opinião e apreciação, típicos do letramento da letra impressa e gêneros multissemióticos e hipermidiáticos, próprios da cultura digital e das culturas juvenis.


Vejamos alguns propostas a partir do Gênero Notícia:


Notícia é um gênero textual jornalístico e não literário que está presente em nosso dia-a-dia, sendo encontrada principalmente nos meios de comunicação. Trata-se, portanto de um texto informativo sobre um tema atual ou algum acontecimento real, veiculada pelos principais meios de comunicação: jornais, revistas, meios televisivos, rádio, internet, dentre outros. Por esse motivo, as notícias possuem teor informativo e podem ser textos descritivos e narrativos ao mesmo tempo, apresentando, portanto, tempo, espaço e as personagens.


As principais características deste Gênero são;

  • Texto de cunho informativo,

  • Textos descritivos e/ou narrativos, 

  •  Textos relativamente curtos, 

  • Veiculado nos meios de comunicação , 

  • Linguagem formal, clara e objetiva,  

  • Textos com títulos (principal e auxiliar), 

  • Textos em terceira pessoa (impessoais), 

  • Discurso indireto,

  • Fatos reais, atuais e cotidianos.

A estrutura básica de uma Noticia é composta por;

  1. Título Principal e Título Auxiliar; A notícia é formada por dois títulos, ou seja, um principal, também chamado de Manchete, que sintetiza o tema que será abordado, e outro um pouco maior, o qual auxilia o entendimento do título principal, ou seja, é um recorte do assunto que será explorado, por exemplo: Olimpíadas Rio 2016 (Título Principal) Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 (Título Auxiliar)

  2. Lide; Na linguagem jornalística, a Lide corresponde à introdução da notícia, portanto, trata-se do primeiro parágrafo que responderá as perguntas: O Que? Quem? Quando? Onde? Como? Porque? Trata-se de um parágrafo em que todas as informações que estarão contidas na notícia deverão aparecer. É uma ferramenta muito importante, visto que desperta a atenção do leitor para a leitura da notícia.

  3. Corpo da Notícia; trata-se de todo o restante da notícia.


Existem diferentes Tipos de Notícia:

  1. Reportagem; É um texto oral ou escrito que trabalha de forma abrangente e investigativa um fato ocorrido (O quê?, Como?, Quando?, Onde?, Porquê?, Quem?). Apresenta linguagem formal, objetiva e impessoal.
  2. A notícia; Se caracteriza pela impessoalidade, linguagem formal e por ser considerada uma reportagem curta.
  3. A Entrevista; Sempre acontece no formato pergunta e resposta, escrita ou falada.
  4. O Artigo de Opinião; Texto opinativo que apresenta comentários e análises críticas; muitas vezes irônico.
  5. A Crônica; Narrativa curta, que te conta histórias verídicas ou não. Pode falar sobre vários temas (policial, esportiva); aproxima o leitor da leitura e do assunto tratado, costumam ser fáceis de ler e criativas.
  6. A Coluna; É um texto regular em um jornal ou revista; de tema variado, contém a opinião explícita do autor que a assina. Podem ser editorial, crítica, de humor e fofoca.
  7. A Resenha; É aquele texto que muitas vezes te ajuda a entender uma obra literária, ou saber se aquele filme que todo mundo anda falando é realmente bom. Ela te apresenta um texto, um filme, um livro, uma peça de teatro de forma crítica.

Uma pergunta ainda deve ser feita, " O QUE SÃO OS TEXTOS JORNALÍSTICOS?


Os textos jornalísticos são basicamente, todos aqueles veiculados em jornais, sites e revistas, além dos programas de notícias da televisão e do rádio. A característica em comum presente em todos os tipos de textos jornalísticos é o objetivo comum de informar o leitor, telespectador ou ouvinte sobre algum acontecimento ou fato. 

Nos dias de hoje, os textos jornalísticos são os mais lidos no mundo. Compreender este fato é fundamental, o quanto mais cedo melhor, por isso os textos jornalísticos fazem parte dos componentes curriculares em basicamente toda vida escolar. Como professores em formação faz-se necessário o aprofundamento deste tema, afim de construir uma familiaridade de seus alunos  com esse tipo de gênero, além de auxiliar em sua formação critica. 

Segue um vídeo que fala sobre a importância dos textos jornalísticos para educação básica:






Campo das práticas de estudos e pesquisa: Gênero Resumo

 Campo das práticas de estudos e pesquisa


 Gênero Resumo

Componente curricular- Letras/ Língua Portuguesa

Coordenadora: Adriana Carvalho Capuchinho

Supervisora :Suely Amorim de Matos Oliveira

Discentes: Yury Bezerra Burjack

Pâmela Cintia Pereira Lopes

                                                            Tatiane Da Silva Matos


Campo das práticas de estudo e pesquisa (p. 148)

 

Trata-se de ampliar e qualificar a participação dos jovens nas práticas relativas ao estudo e à pesquisa, por meio de:

- Compreensão dos interesses, atividades e procedimentos que movem as esferas científica, de divulgação científica e escolar;

- Reconhecimento da importância do domínio dessas práticas para a compreensão do mundo físico e da realidade social, para o prosseguimento dos estudos e para formação para o trabalho; 

- Desenvolvimento de habilidades e aprendizagens de procedimentos envolvidos na leitura/escuta e produção de textos pertencentes a gêneros relacionados ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica.

 

As melhores formas de uma Pesquisa

    O campo de pesquisa das práticas de estudos é voltado na forma de pesquisas cientificas e divulgação, quando falamos sobre esses campos de pesquisas e as práticas de estudos, pode-se observar que desenvolve uma habilidade de aprendizagens e um procedimento que envolve a leitura e a escrita, habilitando-se a escrita e a produção de textos, destacando os gêneros de estudos. Esses gêneros são indicados em: listas, agendas, calendário e assim por diante. Quando especificamos o campo de atividades, e que seja comunicativa, a função do tema terá uma finalidade de produção, por tanto o aluno terá que desenvolver a habilidade que seu professor ou professora tenha sugerido. E esses meios de habilidades envolve a práticas de estudos do professor, tanto em leituras, e na escrita, e o aluno terá que reconhecer esses meios.

         É possível observar que uma pesquisa se realiza por parte de um bom trabalho, a metodologia de uma pesquisa elaborar um meio reforçado, de acordo a relevância do profissional, a experiência de estudos pode conter características de campo e amplamente utiliza uma ciência de diversas áreas de estudos. Então podemos observar que todas as características se conferem a atividade ao pesquisador, havendo uma certa complexidade para a obtenção de dados, havendo assim consequências que surgi atenção ao formular sua pesquisa de campo.

         Esses meios de pesquisas, depende de como está sendo o seu tema pesquisado, e uma boa qualidade de pesquisa é essencial para um bom resultado. Bom, então vamos ao assunto que mais importa, os gêneros, que se situa em documentários, havendo descrição de etapas e produção, descrever interpretar o mundo de experiencias coletivas, resultando assim um bom trabalho, que envolve soluções e ordenações de informações.

         O campo de pesquisa como dito, pode ser elaborado em varias etapas, sendo assim podendo ajudar futuramente em uma profissão, o professor é de responsabilidade ter em seu conhecimento a base desse ensinamento, de acordo algumas pesquisas elaboradas, o campo consiste em pesquisar, elaborar, a entrevista no caso é quando atua o entrevistador ao campo de pesquisa, ou seja, que poderá ser feito no escritório, por telefone, e-mails, a internet ou ate no correio. Existe um processo de pesquisa, que define qual o problema e a questão, podendo desenvolver um formulário padrão para a entrevista, ou algo que define o seu campo de pesquisa.

Gênero Resumo

            Trata-se de um texto em que são dispostos e apresentados os pontos essenciais, ideias ou fatos principais que foram desenvolvidos no decorrer de outro texto. Esses pontos são expostos de forma abreviada, sempre respeitando a ordem em que aparecem no texto resumido. Resumir é o ato de ler, analisar e traçar em poucas linhas o que de fato é essencial e mais importante para o leitor. Quando reescrevemos um texto, internalizamos melhor o assunto e não nos esquecemos dele.

         Quais são os 3 tipos de resumo?

Resumo Indicativo. Resume somente os fatos importantes, as principais ideias, sem que haja exemplos oferecidos do texto original.

Resumo Informativo. Resume as informações e/ou dados qualitativos e quantitativos expressos no texto original.

Resumo Crítico. Chamado de resenha ou recensão, ele resume as informações do texto original, aos quais são acrescentadas as opiniões do autor e de quem escreve o resumo.

 

Características do resumo:

- Sintetiza o texto preservando integralmente suas ideias.

- Preocupação com os elementos da textualidade inerentes à construção textual, como coerência e coesão e hierarquização das ideias do autor.

- Não é permitido, em um resumo, emitir comentários pessoais sobre o texto resumido.

- Variantes na estrutura do texto são permitidas quando não há a exigência de um resumo formal.

- Colar as ideias do autor não são permitidas. Quando for necessário, que seja feito em forma de citação com os devidos créditos (autor e página).

-Diferentemente do que acontece com o esquema, o resumo é formado por frases que apresentam sentido completo, e não apenas tópicos.

- É classificado em indicativo ou descritivo, informativo ou analítico e crítico.

    Informações sobre o gênero: Segundo Isabel Solé, o Resumo escolar é, em geral, para apresentar a síntese de conteúdo de um texto ou uma obra. Deve ser conciso, apresentando ideias bem organizadas e hierarquizadas, devendo-se evitar interpretações pessoais ou comentários críticos. Resumir não é fazer cópia salteada de trechos do texto-fonte, tampouco copiar o começo de cada parágrafo é fundamental compreender o sentido global do texto, para que se possa fazer bons resumos (SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura, 2007 p: 138).

Referencias:

https://www.estudopratico.com.br/genero-textual-resumo

https://www.todamateria.com.br/resumo-de-texto/

https://www.portugues.com.br/redacao/o-esquema-resumo

https://www.escrevendoofuturo.org.br/

 







Campo atuação na vida pública: Gênero pesquisa de opinião

Escrito por: Ana Laura de Miranda e Silva 


Pesquisa de opinião e sala de aula.

O gênero pesquisa de opinião aparece na BNCC, no campo de atuação na vida pública. O gênero contribui para o desenvolvimento intelectual dos alunos, instigando os mesmos a construção do conhecimento e a comunicação.  Realizei uma apresentação no dia 11/03/2021 para os meus colegas do PIBID a respeito do gênero pesquisa de opinião, explicando e exemplificando a importância do gênero em sala de aula.


O gênero pesquisa de opinião consiste em estratégias para levantar dados específicos de uma amostra de pessoas para saber a opinião das mesmas. A pesquisa de opinião é uma forma de saber o que as pessoas com um perfil definido pensam e se comportam. Não há limites para a sua abrangência e hoje as técnicas e metodologias são avançadas e imparciais e qualquer temática pode ser explorada em um projeto de pesquisa de opinião – de temas polêmicos às situações cotidianas.

Em sala de aula podemos encontrar a pesquisa de opinião nas competências gerais da BNCC, como por exemplo na habilidade (EF69LP21) Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas não institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais, intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que pretendam denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/ação, relacionando esse texto/produção com seu contexto de produção e relacionando as partes e semioses presentes para a construção de sentidos.

O estudo da pesquisa de opinião em sala de aula tem grande importância, pois assim os alunos desenvolvem o senso crítico e de opinião própria, tanto em grupo como individualmente. Dessa forma, eles se sentem mais interessados em interagir, porque estão sendo ouvidos dentro do ambiente em que convivem diariamente.


terça-feira, 23 de março de 2021

Campo Praticas de estudo e Pesquisa: Gênero Resenha

 A prática de estudo e pesquisa, é uma forma de apresentar aos alunos diversos jeitos de se obter conhecimento, buscando um entendimento maior sobre os conteúdos que são passados em sala. Contudo, a pesquisa é uma grande ferramenta para a construção de novos conhecimentos para o aluno, pois é a partir dela que os jovens  tem acesso a  um mundo de possibilidades a ser explorado. 

O gênero resenha se aplica á uma das principais práticas de estudo, podemos encontra-la na competência 4 e 7, das competências gerais contidas na BNCC, e também em uma de suas habilidades, como por exemplo:  (EF89LP26) Produzir resenhas, a partir das notas e/ou esquemas feitos , com o manejo adequado das vozes envolvidas (do resenhador , do autor da obra e, se for o caso, também dos autores citados na obra resenhada), por meio do uso de paráfrases , marcas do discurso reportado e citações.

No gênero textual resenha podemos dizer que ela objetiva analisar outra obra distinta, mas isso não quer dizer que sejam apenas textos, podem ser também filmes, peças de teatro, álbum musical ou quaisquer outras formas de expressões artísticas, literárias ou um assunto específico. 

É de suma importância que o aluno faça essa analise, visto que é uma forma de aprender a ter um olhar crítico sobre todas as coisas, fazendo com o que ele reflita sobre determinado assunto e chegue a novas descobertas e conclusões. Ao instigar um aluno a novas descobertas, o ensino passa a ser mais interessante do ponto de vista dele, uma vez que se sente a sensação de saber algo novo o aluno se sente no dever de querer saber algo mais. 

Segue o vídeo de um resumão sobre resenha bem didático e informativo:

  



domingo, 21 de março de 2021

Campo Jornalístico Midiático - Gênero Textual Entrevista

Escrito por: Gabriel Batista Galvão                                                                                                 

 Porque tem jornalismo na BNCC? A BNCC aborda elementos do jornalismo em vários momentos. De forma mais explicita, os processos e reflexões aparecem no campo jornalístico-midiático (em língua portuguesa).

 

Mas também estão presentes nas estratégias de construção de conhecimento, abordando fontes, investigação e comunicação cientifica além de mostrar a importância da curadoria, no dia 09/03/2021 apresentei um trabalho para o PIBID este trabalho consistia em apresentar o campo jornalístico-midiático e um gênero textual desse campo e então optei pelo gênero textual entrevista. 
                                                                                                                                                                             Uma pergunta bastante frequente quando se trata de educação midiática é: O que é educação midiática? É um conjunto de habilidades para acessar, analisar, criar e participar de maneira crítica do ambiente informacional e midiático (através das mídias) em todos os seus formatos dos impressos aos digitais e o gênero entrevista anda lado a lado com a educação midiática.

 O gênero entrevista permite inúmeras possibilidades de multiletramentos podendo ser explorados os formatos impressos e digitais, o jornalismo e a entrevista vão de encontro com a educação servindo como ferramenta de suma importância pois este gênero permite que os professores ensinem da forma correta instigando os alunos á investigarem e pesquisarem aprendendo não somente a responder uma prova mas também a se comunicar.

  O gênero entrevista permite com que os alunos desenvolvam uma leitura crítica dos fatos podendo discernir uma informação falsa de uma verdadeira, desta forma a entrevista é usada como objeto de conhecimento.

sábado, 20 de março de 2021

Por que promover o debate em sala de aula?

 Autores: Micaella Fernandes e Thatiellen Almeida 


“É melhor debater uma ideia sem resolvê-la do que resolver uma questão sem

debatê-la” Joseph Jouber



O debate é um gênero textual de cunho opinativo que se insere nas práticas de oralidade de uma comunidade, tendo como ação social de fundo uma discussão entre as partes com base em argumentos ou exposição de razão. É um texto argumentativo oral, caracterizado pelo discurso persuasivo, cujo propósito é convencer os interlocutores sobre a validade da opinião defendida.

Uma das principais características do debate é tratar de gêneros polêmicos e procurar através da exposição de ideias fundamentadas em fatos e dados coerentes para a resolução da questão. O debate é composto pelos debatedores, o mediador e o público, podendo ou não ter júris e é organizado de forma que cada debatedor tenha um tempo determinado para expor seus argumentos utilizando uma linguagem clara, concisa e respeitosa.

Promover o debate em sala de aula é dar oportunidade para que o aluno construir, desconstruir e reconstruir as representações que ele tem como verdades absolutas. Outras possibilidades permitidas pelo debate são a análise das construções linguísticas existentes nos discursos que permeiam a sociedade; o contato do aluno com as mídias e, consequentemente, com dados, notícias verídicas ou não que permite o uso da consciência crítica para distinguir o que pode ou não ser usado como argumento sobre os mais diferentes assuntos.

Outro ponto importante a ser destacado é o trabalho em conjunto que se faz quando em debate, pois é necessário respeitar as regras do debate, bem como todos os participantes envolvidos nessa prática discursiva. Esse intercâmbio de ideias permite que ao longo do debate, com a exposição de diferentes ideias e opiniões devidamente fundamentadas e expostas de forma respeitosa e democrática o aluno tenha a oportunidade de rever suas próprias opiniões e de elaborar em conjunto com os colegas a resolução para uma determinada problemática.


Vejamos um exemplo de como organizar um debate :







quinta-feira, 11 de março de 2021

Proposta didática com o Gênero Reportagem no Campo Jornalístico Midiático

Escrito por: Anieli Cristina da Silva Guimaraes, Jardeane Reis de Araújo e Paula Ramos Ghiraldelli


A BNCC E O CAMPO JORNALÍSTICO MIDIÁTICO 

O presente trabalho tem como objetivo desenvolver a respeito do gênero textual reportagem, dentro de seu campo de conhecimento “jornalismo midiático”, e como podemos explorá-lo com alunos da 6a série do Ensino Fundamental, conforme exposto pela BASE COMUM CURRICULAR - documento vinculado ao Ministério da Educação que contém as diretrizes gerais para o ensino no Brasil.

Ao tratar sobre a linguagem, a BNCC considera as perspectivas contidas em outros documentos curriculares, como a teoria de linguagem como elemento social fruto da interação, de Vygotsky, e a teoria sobre gêneros textuais, de Bakhtin. Nesse sentido, a linguagem é dada através da interação social sob a forma de gêneros textuais, ou seja, as formas de interação que se utilizam da linguagem ocorrem de acordo com características comuns que os enunciados produzidos apresentam em relação à sua linguagem e conteúdo.

Assim, a BNCC no que diz respeito ao ensino de linguagem tem como foco central o texto, seja ele oral ou escrito, encaixando-os em gêneros textuais de língua portuguesa. Os diversos gêneros textuais da língua portuguesa são agrupados e classificados em diversos campos do conhecimento, sendo estes: o campo da vida cotidiana, o campo artístico literário, o campo das práticas de estudo e pesquisa, o campo da vida pública, campo jornalístico midiático e o campo de atuação na vida pública.

O estudo dos gêneros, de acordo com a BNCC, é dado a partir de habilidades que se relacionam à esses campos e que proporcionam ao aluno o desenvolvimento de suas capacidades linguísticas, distribuídas em eixos de integração e que através dos quais a prática de linguagem se efetiva: a oralidade, a leitura, a produção e a compreensão de texto, e a análise linguística/semiótica.

Como dissemos, o gênero que nos interessa aqui, é o gênero reportagem, que está inserido dentro do campo jornalístico midiático. O campo jornalístico midiático está inserido dentro do estudo de língua portuguesa voltado para os anos finais do Ensino Fundamental e para os três anos do Ensino Médio, mas alguns de seus gêneros são apresentados já nos anos iniciais, e ele se relaciona ao tratamento dos gêneros jornalísticos (informativos e opinativos), bem como dos gêneros publicitários (BNCC, 2019).

Esse campo privilegia o foco em estratégias linguístico-discursivas e semióticas voltadas para a argumentação e persuasão, a questão da confiabilidade e manipulação da informação, a propagação de discurso de ódio, além de práticas contemporâneas relacionadas aos gêneros atuais de mídia, relacionando habilidades voltadas para gêneros mais consagrados, como os impressos, e gêneros mais atuais (BNCC, 2019).

Os gêneros publicitários, como dissemos, também são abarcados por esse campo, e nesse aspecto, a BNCC prevê o tratamento de diferentes peças publicitárias, impressos ou não, supondo a habilidade de lidar com multisemioses dos textos e com as diversas mídias de veiculação, e de analisar os mecanismos de persuasão que envolvem esses gêneros, visando promover o consumo consciente.

No mais, os gêneros que estão inclusos nesse campo, dentre os tipos evidenciados, são: reportagem, reportagem multimidiática, fotorreportagem, foto-denúncia, artigo de opinião, editorial, resenha crítica, crônica, comentário, debate, vlog noticioso, vlog cultural, meme, charge, charge digital, political remix, anúncio publicitário, propaganda, jingle, spot, dentre outros (BNCC, 2019). A cada ano esses gêneros devem ser contemplados visando o estágio de letramento em que o estudante se encontre.


GÊNERO REPORTAGEM 

A reportagem jornalística é um gênero jornalístico-midiático. Os gêneros midiáticos são aqueles que se utilizam da mídia para a veiculação. Assim, a reportagem se utiliza de jornais, revistas, websites, rádios, e afins, podendo ocorrer em sua forma oral (como quando apresentada nos noticiários de televisão, por exemplo) ou escrita, como nos jornais ou revistas, podendo ser virtuais ou não.

De acordo com Patrick Charaudeau (2009), a reportagem “trata de um fenômeno social ou político, tentando explicá-lo” (CHARAUDEAU, 2009, p. 221), sendo fenômeno social, considerado pelo autor, uma série de acontecimentos produzidos no espaço público, gerando interesse geral. Assim, é um gênero cujo propósito comunicativo é o de informar, e para tal conta com levantamentos de dados, entrevistas, testemunhas, especialistas e etc.

Apesar disso, a reportagem não possui uma definição clara dentro do campo jornalístico. Os gêneros do jornalismo são divididos entre informativo – aqueles que narram fatos noticiosos – e o opinativo – aqueles que expõem a opinião de um autor acerca de algum assunto. A reportagem se situa entre essas duas classificações, à medida que ela cuida do levantamento de um fato, ou de um assunto, a partir de um ângulo preestabelecido.

Por envolver o uso da língua e uma assinatura (a do jornalista envolvido) o gênero reportagem não pode ser considerado simplesmente informativo. Segundo a perspectiva bakhtiniana de linguagem, ela nunca pode ser completamente imparcial, devido ao fato que ela é afetada pelo sujeito que a produz e pelas relações dialógicas com outros sujeitos, sendo influenciada pelo contexto social, da ideologia dominante e da luta de classes que se estabelecem numa determinada época.

Assim, a reportagem é realizada sempre sobre a perspectiva do jornalista, podendo transparecer, em maior ou menor grau de clareza, a opinião do mesmo. Entretanto, na apresentação de seu produto, o autor de uma reportagem, se utiliza de um aspecto objetivo, como a utilização de certos tempos verbais e construções de discurso indireto, na tentativa de demonstrar subjetividade e verdade ao leitor.

Um outro recurso utilizado pelo jornalista, nesse mesmo sentido, é a inclusão de vozes no texto – como entrevistas, testemunhas e etc - que permite que o texto seja visto como abordando o tema de uma forma global e que o jornalista se isenta da apresentação dos fatos. Para tal, é comum a utilização do discurso direto e indireto na alternância entre a voz que constrói o texto e essas testemunhas. Esse distanciamento entre essas vozes são marcas linguísticas que conferem verdade ao texto.

Além disso, a reportagem jornalística é um gênero que, apesar de formal, apresenta certa intermidialidade entre o extremo formal e o informal, na medida que sua função é transmitir uma informação (e, inerentemente a essa função, acaba por transmitir uma opinião) a um grande público alvo, objetivando, assim atingir várias classes sociais.

Para Ferrari e Sodré (1986, p. 15) a reportagem se distingue dos outros gêneros jornalísticos por apresentar: "predominância da forma narrativa, humanização do relato, texto de natureza impressionista e objetividade dos fatos narrados”. Portanto, a reportagem tem por essência produzir um texto mais próximo e humano, procurando responder às seguintes perguntas: quem? e o quê?.

Destacamos ainda que, a reportagem dialoga com outros campos do conhecimento, a exemplo, das reportagens científicas que transitam “tanto pelo campo jornalístico/midiático quanto pelo campo de divulgação científica” (BNCC, 2019, p. 83), Isto ocorre porque ambos os campos têm por objetivo refletir e discutir temáticas que envolvem interesses da vida cotidiana em sociedade.

A escolha do gênero reportagem

Como dissemos, o gênero reportagem foi selecionado a partir do campo de conhecimento jornalístico-midiático, conforme consta no documento intitulado Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que rege o ensino básico brasileiro. Desse modo, a escolha se baseou no sentido de que por ser um gênero de grande ampliação, isto é, todo aluno em algum momento tem contato com a reportagem em seu dia a dia, ou seja, encontra-se presente na vida de grande parcela da população, assim pode proporcionar aos estudantes a ampliação das capacidades linguísticas, a partir de algo que lhes é familiar.

Como a BNCC trabalha a reportagem

Pela BNCC, ao trabalharmos a reportagem, temos por um de seus objetivos, abordar o planejamento e a produção de textos jornalísticos orais. 

Portanto, trabalhar este gênero está ligado a competências específicas nº 6 que trata sobre a linguagem para o ensino fundamental e a competência geral da educação básica nº 5, pois ambos referem-se a uso das tecnologias digitais no ensino e como se apropriar dessas ferramentas de modo reflexivo e crítico:

6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos. (BNCC, 2019, p. 85) 

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. (BNCC, 2019, p. 9)

Prática de Linguagem: eixo oral

Escolhemos trabalhar com a reportagem em sua modalidade oral de maneira a trazer um diferencial aos alunos, à medida que observa-se que oralidade é trabalhada nas escolas, na maioria das vezes, atrelada à informalidade. A maioria das escolas se atém aos gêneros escritos e quando se preocupam com a oralidade, o fazem apenas no aspecto informal. A reportagem, por apresentar certo grau de formalidade, pode proporcionar aos alunos uma nova visão dos gêneros orais, e não limitá-los apenas à conversas e diálogos, mas perceberem que a oralidade também apresenta suas regras e definições.

Série

A série escolhida para trabalhar com o gênero reportagem foi selecionada de acordo com o Documento Curricular do Tocantins, que indica que esse gênero pode ser trabalhado com alunos do 6º ano. Além disso, acreditamos que nessa faixa etária seja crucial o desenvolvimento de atividades que contenham novidades, como forma de estimular os alunos.

Habilidade

A habilidade escolhida dentro do eixo da oralidade para desenvolvermos o gênero reportagem, trata-se da:

(EF69LP12) Desenvolver estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/ redesign (esses três últimos quando não for situação ao vivo) e avaliação de textos orais, áudio e/ou vídeo, considerando sua adequação aos contextos em que foram produzidos, à forma composicional e estilo de gêneros, a clareza, progressão temática e variedade linguística empregada, os elementos relacionados à fala, tais como modulação de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração etc., os elementos cinésicos, tais como postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia etc. (BNCC, 2019, p. 143)

  Destacarmos a importância de trabalhar esta habilidade por dialogar com os eixos leituras e produção textual relacionados tanto aos textos escritos quanto produções orais. Desse modo, objetiva-se  o uso das plataformas digitais para as leituras multimodais.



REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2019. Disponível em < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental/lingua-portuguesa-no-ensino-fundamental-anos-finais-praticas-de-linguagem-objetos-de-conhecimento-e-habilidades >. Acesso em 17 de fevereiro de 2021

CHARAUDEAU, P. Discurso das mídias. São Paulo: Contexto, 2009. 

SILVA, T.S. O gênero discursivo reportagem de revista: um estudo de suas características e análise de exemplares da revista Istoé. Disposto em < https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras/article/viewFile/3845/2711 >. Acesso em 17 de fevereiro de 2021.

SODRÉ, Muniz; FERRARI, Maria Helena. Técnica de Reportagem: notas sobre a narrativa jornalística. 6. ed. São Paulo: Summus Editorial, 1986.

VOLOCHINOV, V. Marxismo e filosofia da linguagem. 2ª edição. São Paulo: Editora 34, 2018.

quinta-feira, 4 de março de 2021

BNCC e PCNs: como nós, pibidianos, trabalharemos o ensino de língua portuguesa nas escolas

 No Brasil, atualmente, o documento governamental que serve como guia do ensino é o chamado de Base Nacional Comum Curricular, a BNCC. A Base foi elaborada de modo elaborar os conhecimentos essenciais que todos os alunos da Educação Básica, de todas as redes de ensino (sejam elas particulares ou públicas) devem adquirir ao longo de sua escolaridade, e é um documento de caráter obrigatório

      No caso do ensino em língua portuguesa, a BNCC foi elaborada a partir de outro documento mais antigo, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) - diretrizes separadas por disciplinas, de caráter não obrigatório, mas norteador. A perspectiva da linguagem adotada nos PCNs de língua portuguesa é orientada para a vida social, e se baseia nos estudos de Vygotsky e Bakhtin.

A visão vem da Teoria Sociointeracionista de Vygotsky, enfatiza o processo histórico-social e o papel da linguagem no desenvolvimento do indivíduo: fruto de interação, com função social, sem a qual o homem não é social, nem histórico, nem cultural. O ensino da língua portuguesa segundo essa perspectiva interacionista propõe o aprendizado de língua materna através do estudo dos gêneros discursivos, conforme a Teoria do Enunciado Concreto de Bakhtin.

 Essa teoria que fala exatamente sobre a condição de interação da língua e dos gêneros do discurso como a prática da linguagem. Segundo ela, a linguagem se dá através de enunciados orais ou escritos e só é compreendida se houver apreensão dos seus elementos constitutivos, sendo, portanto, um processo de interação.  Esses em enunciados estão divididos em gêneros discursivos, textos (orais ou escritos) com elementos próprios que caracterizam cada gênero.

Assim, a linguagem seria ensinada como uma totalidade, pois, além dos gêneros discursivos (orais / escritos) representarem o produto da interação verbal (oral / escrita), é através dos gêneros que as práticas de linguagem se encarnam nas atividades dos aprendizes. O ensino moderno da língua materna, portanto, exige uma concepção de linguagem como produto sócio-histórico-cultural e a visão do indivíduo como um ser único, que necessita de noções de leitura, escrita, produção de textos, gramática de ser reconhecido em sua variedade linguística e contexto social.

Assim é possível alcançar o verdadeiro objetivo do ensino de português: expandir o uso da linguagem em instâncias privadas e utilizá-las com eficácia em instâncias públicas, ou seja, interagir e (portanto) fazer uso da sua função social como cidadão. O professor que ensina língua portuguesa como língua materna é fundamental nesse processo, e deve estar devidamente preparado, tanto no que diz respeito à formação linguística quanto à formação pedagógica. É necessário ter a consciência de que letrar um indivíduo é mais que alfabetizá-lo e que aprender uma língua não significa saber classificar os verbos ou compreender os elementos estruturantes das palavras estudadas isoladamente.

O letramento abrange muito mais que o conhecimento específico do conteúdo desenvolvido, implica dizer que ele é capaz de utilizar o que aprendeu para fins interativos. Letrar é, portanto, proporcionar ao indivíduo essa capacidade de interação. Para tal, é necessário que o texto seja visto como unidade mínima de estudo. Assim, a unidade mínima de aprendizado já é, em si, uma totalidade que serve para que o indivíduo cumpra a função interativa da língua.

Vale também lembrar que o conjunto de todos os gêneros (orais e escritos) possíveis representa toda a forma de interação verbal (oral e escrita) possível. Logo, ao aprender gêneros do discurso, o aluno está aprendendo as formas de interação necessárias para sua formação como cidadão social, cultural e histórico, de maneira que esse cidadão possa circular entre os diferentes meios sociais com desenvoltura.

Os PCNs ainda dividem os gêneros discursivos em quatro possíveis grupos de estudo, sendo três relacionados ao uso (leitura, escrita e oralidade) e um relacionado à reflexão do uso da língua (prática de análise linguística/semiótica), e configuram o estudo da língua pelo enfoque dos gêneros discursivos em um avanço, se comparado à visão estruturalista amplamente adotada na escola até bem recentemente, em que se definia um programa de curso em termos de categorias da gramática normativa a serem trabalhadas de modo descontextualizado.

A BNCC foi construída a partir da especificação dos PCNs, delimitando em cada série quais os gêneros devem ser apreendidos pelos alunos, e é exatamente por ser um avanço no ensino, proporcionando uma educação mais igualitária é que é determinada pelo MEC na educação escolar.


por Paula Ramos Ghiraldelli