sexta-feira, 14 de maio de 2021

Qual a importância de um professor na sociedade atual?

Apesar de desvalorizados, professores ainda são figuras importantes para a construção de uma sociedade próspera

Reportagem Escola Pedro Ludovico Teixeira

Ana, Elaine, Isabel,  Karlla,  Micaella, Nerice, Thatiellen, Railane e Samuel

 Desde o início do nosso desenvolvimento, precisamos de alguém que nos ensine o que é necessário para viver e atuar em sociedade. Desde crianças circulamos por vários ambientes sociais e um deles é a escola. Nesse ambiente, uma peça chave para o desenvolvimento é o professor. 

          O professor atua como mediador entre o aluno e o conhecimento, apesar de ensinar muito além de conteúdos escolares. É na sala de aula que ampliamos nossos conhecimentos, entendemos melhor o mundo em que vivemos, desenvolvemos experiências e habilidades socioemocionais que vão além do âmbito intelectual. Todo o processo de aprendizagem, só é possível pela mediação do professor que transmite um repertório de saberes que são consolidados e colocados em prática pelo aluno.

            Sabemos que o papel do professor é levar o conhecimento ao aluno a ponto de se tornar um cidadão ativo perante a sociedade, posso afirmar que não somente nesse momento mais em todos o papel do professor é o papel de incentivador cujo o significado é “que ou o que incentiva; animador, encorajador”. 

            O professor é aquele que em meio a guerra, a crise, a fome, descriminação, o preconceito, injúrias, e até mesmo nesse momento de pandemia, consegue levar incentivo, esperança, sorrisos a inúmeras pessoas, crianças, jovens e adultos, mesmo que o único recurso seja somente sua voz ou até mesmo uma folha de papel e um lápis preto, ele consegue adentrar com seu conhecimento, e plantar uma semente, que é o saber, e esse saber ninguém rouba de ninguém.

           O professor se dedica a estar em uma sala alvoroçada como vinte alunos ou mais, para lhes transmitir conhecimento, uma dura missão. Mas a educação ou o investimento na mesma, é um dever do Estado e direito de todos, e de qualidade. Porém quando pensamos em investimento, nos deparamos com a desvalorização, pois sempre que é necessária contenção de gastos, a educação é a primeira a ser apontada. 

        Quando falamos em contenção de gastos na educação, estamos falando diretamente da desvalorização da profissão docente. Isso ocorre na sobrecarga de horários, nos desvios de função, nas demissões em grande quantidade mais acima de tudo nas péssimas condições de trabalho que corresponde a livros didáticos ultrapassados, bibliotecas precárias, prédios velhos, o não investimento na formação de professores e a falta de equipamentos digitais que permitam a inclusão dos alunos de uma forma geral. 

        Apesar de essencial para a formação dos cidadãos que constituem a sociedade, a profissão do professor ainda é desvalorizada e não tem o retorno financeiro que deveria para os docentes. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica e Social da Fundação Varkey, o Brasil figura como um dos países em que o professor tem menos prestígio social e em questões salariais fica atrás de países da américa latina como Colômbia e Chile.



Além de tudo que já foi dito, vale ressaltar que estamos vivendo em uma pandemia, e neste momento difícil, muitos puderam reconhecer a importância do professor no dia a dia. Segundo a pesquisa realizada pelo instituto Península, 72% dos professores entrevistados afirmaram que apesar do momento atípico que estamos vivendo, foi agora que se sentiram mais valorizados pela sociedade. Entretanto, apesar do reconhecimento e da importância diária de um professor, segundo a pesquisa, realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com 15,6 mil docentes, apontam que nesse período, 82% dos professores alegam que as horas de trabalho aumentaram.

Para mudarmos essa situação é necessário que a sociedade brasileira entenda que, para ter uma base sólida, os professores precisam ser respeitados, bem remunerados e incentivados.Além disso, o trabalho docente é validado por sua importância social, cabe aos docentes a formação ética, profissional e cultural dos cidadãos. Uma formação de professores adequada serve como alicerce para construir escolas, cidadãos e profissionais mais competentes. Nas palavras do educador Moacir Gadotti, " a educação é um lugar onde toda a nossa sociedade se interroga a respeito dela mesma, ela se debate e se busca". 

     A causa da desvalorização dos docentes é algo que urge, não há espaço para esperas ou desculpas mal elaboradas. Contudo se torna difícil pensar assim, quando a própria sociedade desvaloriza a profissão ao pensar que um professor é alguém que não se tornou bem-sucedido na vida, que não teve/tem perspectivas sobre o futuro. Mas como uma profissão pode ser tão valorizada, sendo tão desvalorizada ao mesmo tempo? 


quarta-feira, 12 de maio de 2021

Carta dedicada a professora Maria da Cruz

 

A professora marcou minha trajetória e foi uma pessoa muito importante no meu processo de determinação e perseverança.

Atividade assíncrona:

Pâmela Cíntia P. Lopes

Porto Nacional-To, 22 de Abril de 2021.


À Srª Professora Maria da Cruz Pereira da Silva

Porto Nacional-To, 22 de Abril de 2021.

Querida Professora Maria da Cruz,


Venho através desta, agradecer pelos incentivos e palavras positivas. Há pessoas que têm o poder de transformar as nossas vidas, e você foi  uma destas pessoas. Mais que uma professora, você é uma mestre, uma pessoa que incentivou e  inspirou  que eu poderia sim, ser a melhor versão de mim mesma.

Com você, aprendi muito mais do que teoria, observando você em sala, aprendi valores humanos para colocar em prática. Uma professora e profissional generosa, que tem o dom de ensinar com simplicidade. Apesar de não ter a oportunidade de ser sua aluna em prática, de uma forma carinhosa  me incentivou a cursar um superior, e que eu poderia ser muito mais do que esperava, você viu uma capacidade que nem eu mesma enxergava, despertou em mim a curiosidade e a vontade de aprender sempre mais. Obrigada por tudo.

De longos, aqui estou, cursando Letras- Língua Portuguesa e me surpreendendo com inúmeros conhecimento, o bom de aprender e que você já pensa que pode sim ser um bom profissional e incentivador de coisas boas assim como você me oportunizou, o gosto pela leitura, o gosto por aprender um pouco mais, obrigada por todo esforço e pelas palavras positiva em que você se dispôs um curto tempo de seus 15 minutos do seu intervalo, para conversarmos e assim me apresentar um mundo mágico e que eu seria capaz de fazer parte da maravilhosa experiência é única.

Ter um bom professor igualmente a ti é uma das coisas mais gratificantes da vida, sua dedicação com os alunos e o exemplo que você passa estabelece o padrão de educação que quero transmitir aos meus futuros alunos. A vida é cheia de caminhos tortuosos e dias difíceis, mas é preciso olhar sempre adiante, nunca podemos parar diante de um obstáculo. É preciso tentar ultrapassá-lo. É preciso abrir os olhos e o coração para lutar pelas vitórias e ter humildade, caso venha a derrota. Mas mesmo perdendo a gente sempre ganha, porque é tentando que se aprende, e podemos aprender muito com os erros.

Nesse tempo de pandêmico e aulas remotas é preciso sonhar, é preciso acreditar, é preciso lutar e tentar pensar. E se a vitória não vier hoje, vem amanhã. O importante é continuar tentando. Vamos focar o pensamento em coisas positivas e esquecer as ruins. Bloqueie todo pensamento negativo. A superação começa na nossa mente. E já sei que você é uma professora atenta e dedicada e sei que seus alunos estão super bem acompanhados.

Você será sempre para mim uma referência de ética e amor pela profissão. Obrigado, professora, pela sua dedicação e paciência nas conversas e incentivos, obrigado por transmitir e apresentar o seu conhecimento e sabedoria, obrigado por  me fazer sonhar e acreditar em minhas capacidades!

                                       “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas.                     Pessoas transformam o mundo.” Paulo Freire


terça-feira, 11 de maio de 2021

Carta dedicada a uma professora muito importante na minha trajetória.

Natividade, aos 11 de maio de 2021.

Estimada professora Ivanilde Moreno,

É com imensa alegria que lhe escrevo essa carta. Confesso que me faltam até palavras. Quero aqui expressar o quanto as suas aulas foram importantes para a minha edificação humana, o quanto o seu belíssimo trabalho me influenciou na escolha da minha profissão. Você sempre muito excêntrica, preocupada com o futuro de seus alunos. Lembro-me o quanto se dedicava a nos transmitir os conteúdos da melhor forma possível, mesmo quando não queríamos. No momento em que a turma se distraia da aula, você sempre dizia que futuramente precisaríamos de tudo aquilo, hoje eu entendo o motivo de sua perseverança, muito obrigado, a sua insistência em ver o aluno aprender, o anseio de que participássemos das aulas, o respeito as nossas opiniões me fez hoje escolher você para receber esta carta, uma atividade solicitada em um Projeto Institucional de Iniciação á Docência.

Trago comigo boas recordações de nossas aulas no Colégio Estadual Fulgêncio Nunes, bons aprendizados que com certeza me trarão muito apoio na elaboração de minhas futuras aulas se o Senhor me permitir. Espero muito poder retribuir o cuidado e respeito que recebi de você, e de preferencia retribuir sendo um professor engajado com o futuro de meus alunos. Você representa a importância do professor como ser formador, e, sobretudo transformador de pessoas e do mundo.

Neste período pandêmico, rezo a Deus para que Ele lhe dê muita sabedoria e constância para continuar a sua belíssima missão.

 

Saudações,

Seu aluno Fernando Nunes Cardoso.

sábado, 8 de maio de 2021

DA ANTIGUIDADE À CONTEMPORANEIDADE O PROFESSOR COMO AGENTE TRANSFORMADOR DE VIDAS

 A cada novo tempo a figura do Professor torna-se essencial na construção de uma sociedade próspera.


Por: Anieli Guimarães, Gabriel Galvão, Georgia Aguiar, Jardeane Araújo, Naiara Melo, Paula Ghiraldelli, Suely Marice, Fernando Cardoso, Samilla Milhomem, Tatyany Mota



Imagem do Blog: Eleva Plataforma em 21 de julho de 2020


O professor é capaz de influenciar positivamente seus alunos, pois a maneira como ensina faz toda a diferença para gerar interesse e engajar os estudantes. Fazendo, assim, com que todos se sintam motivados a buscar conhecimento e seguir seus sonhos. Por ser uma das figuras mais próximas dos alunos, esse costuma ser como modelo e referência para as crianças e jovens, que o admiram por sua inteligência e os inspiram a ser como ele. 


As atitudes do professor influenciam e fazem a diferença na vida dos alunos, tanto na acadêmica quanto pessoal, a medida que esse profissional:

  • Encoraja;

  • Ajuda na resolução de problemas;

  • Incentiva, motiva e estimula;

  • Orienta nas dificuldades;

  • Dá espaço para se expressar, perguntar, argumentar;

  • Considera o esforço dos alunos;

  • Está sempre pronto para responder aos questionamentos e às dúvidas;

  • Respeita a individualidade;

  • Preocupa-se genuinamente com o aluno;

  • É comprometido com seu trabalho;

  • Esforça-se para oferecer o seu melhor e garantir a aprendizagem.


O Professor colabora não somente com a formação do aluno, mas também com o desenvolvimento do mesmo enquanto integrante da sociedade.


Quais as contribuições do profissional de ensino para a sociedade?

Incentivar o desenvolvimento e aperfeiçoamento das competências cognitivas e intelectuais, essenciais para o futuro profissional dos alunos. O professor irá trabalhar com as competências socioemocionais que abrange aspectos comportamentais e culturais, que serão de suma importância, pois irá possibilitar que o estudante se torne um indivíduo consciente, reflexivo e responsivo, apto a viver em sociedade de forma respeitosa, harmoniosa e cooperativa, de maneira adquirir o poder de mudar o meio em que vive.


Assim, uma educação que transforma vidas tem por base o agente educador que condiciona e instiga os discentes nas mais diversas áreas do conhecimento, não só transformando, mas também, construindo e reconstruindo, num processo de constante adaptação aos contextos, as épocas e as carências socioculturais. 


“Quando a educação não é libertadora o oprimido torna-se o opressor.” Paulo Freire


A abordagem que muda o mundo  

Uma das principais ferramentas do professor em seu papel de educador é o modo de sua abordagem para com o aluno. Se essa abordagem for feita de forma adequada, esse profissional tem grandes chances de atingir o seu aluno, e suscitar nele a vontade de aprender e se aprimorar como cidadão. Não é estranho encontrar, em nossa sociedade, o relato de alguém que por ser severamente punido ao errar as operações matemáticas, desistiu de aprender, e diante de qualquer situação envolvendo cálculos, exista uma negação por parte desse indivíduo. Esse fato está diretamente ligado com o modo de agir do professor. Encontrar as melhores saídas para que o aprendizado seja prazeroso e recompensador, além de nele ser notável sua necessidade, fazem parte do hall de habilidades do professor. Habilidades que são cruciais para capturar esse aluno para dentro da sala de aula.


Humanização do ensino

O papel do professor como mediador nos processos de elaboração do conhecimento é primordial para que a educação evolua e sirva ao seu propósito social. O trabalho docente é a base da formação escolar e contribui não só com o desenvolvimento dos alunos, mas com o progresso da sociedade em geral, utilizando o conhecimento e a educação como instrumento. O ambiente escolar é um ambiente social, onde por meio da intervenção do professor,  consegue-se construir o conhecimento por intermédio da relação com os outros. O professor dá ao aluno, espaço para que ele possa se expressar, questionar e pensar, fazendo com que desenvolva habilidades intelectuais autônomas.


Quando os professores por meio do ensino, conseguem fazer com que os alunos compreendam a estrutura e o funcionamento da sociedade, dão a eles a oportunidade de redefinir, atuar e agir, para que ocorram melhorias ao mundo. Posto isto, o professor além de cumprir com seu papel acadêmico, é parte essencial na construção de uma sociedade próspera. 


“A Educação de qualidade é sem dúvida alguma, o principal método para o desenvolvimento de uma sociedade. Quando se prioriza o investimento na educação com acompanhamento e planejamento, seja a curto ou a longo prazo, tudo prospera no devido tempo, basta se criar métodos, cronogramas, etapas, enfim, planejamento com pessoas competentes e que entendam de fato de educação, com a finalidade de alcançar o máximo de pessoas no sentido de oferecê-las uma educação que funciona não só na preparação para o mercado de trabalho, mas também, que essa mesma educação venha a servir para o convívio social no todo, fazendo com que haja o respeito para com o modo do outro pensar a vida.” pensamento do filósofo Nilo Deyson Monteiro Pessanha


O professor como ser apoiador, sobretudo na quarentena

A docência é uma das mais importantes profissões dentre as díspares existentes no mundo. O professor atua de maneira significativa no processo de construção de uma sociedade e do seu desenvolvimento, visto que, todas as outras ocupações requerem desse profissional para a sua subsistência. 


O professor é intitulado como agente transformador de vidas, visto que depois dos pais são eles as pessoas que mais tem contato com o indivíduo e assumem a responsabilidade de aprimorar os conhecimentos destes alunos. Assim, considera-se a escola como uma segunda casa, e para que esse ambiente escolar tenha o aconchego de um lar é preciso que o corpo docente seja acolhedor como o dos pais ou até mesmo mais que isso, de maneira especial neste período pandêmico, no qual os discentes das mais variadas idades estão carentes de atenção e respeito.  


Nesse período de quarentena os educadores tiveram que se reinventar para conseguir ministrar as aulas e obter um resultado satisfatório, além de se prepararem psicologicamente para conseguirem acolher os alunos, que passam diariamente por problemas relacionados à escola ou mesmo às adversidades familiares, financeiras, psicológicas, dentre outras. Mais do que um professor, o docente assume a cadeira de psicólogo dos alunos.  Diante de tudo isso, está a importância de condecorar o professor como um ser de extrema relevância no rico processo de construção de uma sociedade rendosa. 

O professor como agente social

O professor ocupa um lugar indispensável na composição da sociedade. Desde o início da civilização moderna viu-se a necessidade de preparar, de capacitar e de instruir as gerações futuras para ocuparem seu lugar na comunidade onde vivem e garantir sua perpetuação e sua evolução. Mesmo nos dias de hoje este pensamento continua e tem sido cada vez mais aperfeiçoado, por isso o professor passou de um ministrador de conteúdos para um formador de cidadãos, passando a ser também um agente social. 


Na constituição Federal podemos observar esta incumbência no art. 205 que diz; “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Aqui fica claro que além da formação e qualificação para vida profissional ou seja para o trabalho, a educação deve preparar o indivíduo para o exercício da cidadania. Passemos então a discutir, quais fatores devem ser elencados para o exercício da cidadania? A cidadania está diretamente ligada aos direitos e deveres civis, políticos e sociais. É através da cidadania que a sociedade se constitui. Cada cidadão deve atuar para que ela se sustente. Isso se dá ao pagar nossos impostos, ao cumprirmos as leis, ao escolher nossos representantes políticos, ao exercemos a liberdade de expressão e de opinião, ao lutarmos pela igualdade de direitos e criação ou modificação de leis. Todos esses fatores são o que cada cidadão deve fazer no exercício da cidadania e essa é a outra face da atuação do professor que muitos não entendem nem reconhecem. 


Portanto, faz-se necessário que toda sociedade reconheça seu papel e sua missão. Uma sociedade próspera depende diretamente da atuação do professor em sala de aula. É transmitindo aos alunos suas responsabilidades como cidadãos, que eles tomarão consciência de seu compromisso na sociedade e poderão desempenhar seu papel de maneira satisfatória a fim de contribuir para a manutenção e a evolução da sociedade onde vivem. 


Desafios de ser professor na contemporaneidade

Devido às mudanças sociais, econômicas e culturais, o mundo todo tem prestado mais atenção na educação, especialmente a que se desenvolve nos sistemas escolares, submetendo-a a uma análise pública constante, e educar tem se tornado uma tarefa cada vez mais exigente e de enorme responsabilidade, em decorrência a pandemia de covid 19, os professores têm que fazer um certo malabarismo, esse momento atípico, rodeado de incertezas, culminou com a ampliação do ensino a distância e isso requer equilíbrio e coerência entre orientação formativa, procedimentos pedagógicos adaptados e expectativas dos implicados no processo, o professor e o aluno. Desempenhar essa tarefa com compromisso e qualidade exige, da parte do professor, reunir um conjunto de saberes e competências que lhe permitam a construção de um ensino de qualidade.  


Com esse cenário caótico os professores criam saberes temporais, em cuja construção intervêm dimensões indenitárias, de socialização profissional, fases e mudanças, que se constituem num conjunto de conhecimentos, competências, habilidades e atitudes. Não se pode falar em aprendizagem sem falar no professor. O contexto social impõe à prática educativa um número de demandas muito grande e os enormes desafios profissionais que enfrenta a fim de atender às exigências do contexto atual. Em se tratando do ponto de vista social ele tem tido que aprender a conviver mais intensamente com os interesses e pensamento dos alunos e pais no cotidiano escolar e a ter uma maior interação com a comunidade onde a escola está inserida. Essa pandemia tem nos mostrado professores de excelência que além de educadores demonstram ser amigos, mostram-se preocupados e nos acolhem. Ser um professor vai além da profissão. O professor é um agente ativo e transformador na formação de um cidadão. 


quinta-feira, 6 de maio de 2021

Carta dedicado a saudosa ProfªVani

 

Professora Evani Carvalho

Querida professora Vani, sei que não estás entre nós, mas por meio desta gostaria de agradece-la pelo incentivo e dedicação que sempre nos mostrava com seu exemplo de vida.

A senhora foi uma docente repudiada pela maioria dos alunos, entretanto, tinha um saber imenso para meu ponto de vista. Recordo-me de uma vez quando criança que caí de bicicleta e a primeira pessoa que apareceu para me ajudar foi a senhora. A partir daquele momento a olhei com outros olhos.

Lembro- me das broncas para que lêssemos em casa.

Do incentivo para com a turma, uma professora que queria ver seus alunos brilharem, porém, o destino foi traiçoeiro conosco.

Quando deparei a senhora havia falecido, eu ainda era uma criança com 12 anos de idade, mas já tinha o entendimento da sua luta cotidiana contra o câncer que a derrotou. Por outro ponto de vista nem foi uma derrota e sim uma vitória, tenho convicção que está no melhor lugar, no reino de Deus ou até mesmo descansando por sua batalha aqui na terra foi muito cansativa e comprometedora com a educação de muitos.

Saudades, querida professora!

Queria lhe poder contar que graças a sua dedicação e de outros professores que tive no decorrer do tempo, consegui entrar na Universidade Federal.

Estou sendo um motivo de orgulho para meus pais que não tiveram a mesma oportunidade e um exemplo para minha filha que já tem 1 ano de idade e um sorriso contagiante.

Os anos são outros, até a forma de ensinar mudou, porém, o carinho e dedicação de nós alunos para com a saudosa professora continua, gostaria de ser de certo modo como a senhora: incentivadora, dedicada, guerreira e sobre tudo uma profissional que tem ética e respeito com o aluno. Até logo!

 

Com carinho, Eduarda Moreira da Silva.


segunda-feira, 3 de maio de 2021

Texto dedicado a uma das minhas Professoras

Como proposto pelos supervisores, deveríamos produzir um texto dedicado a um professor que tenha nos marcado. Pois bem, resolvi escrever uma mini carta para uma Professora  de Português, a mesma que me referir no desenho da sala de aula (desenho postado no edmodo). 

Confesso que foi difícil fazer essa escolha, pois cada professor que tive contribuiu e contribui muita para a minha formação. A vontade foi escrever um pouquinho para cada um deles. Até aqueles que em rigorosos, como um teacher de inglês que pedia a tradução de um texto longo ou dois textos médios de um dia para o outro, me fez adquirir muito do pouco de vocabulário de inglês que possuo atualmente, nas leituras skimming e scanning nem se fala, ajuda demais. Enfim, abaixo trago o pequeno texto que produzir.


Olá, Professora Petronilia!

Como estás nesse tempo de pandemia? Espero que estejam todos bem. O motivo de estar escrevendo estas pequenas linhas, é para lhe dizer o quanto você foi uma, entre muitos dos meus professores, fundamental na minha formação. Lembro-me de uma vez que você nos inscreveu num concurso para produção de uma fábula. Lembro que a sala estava cheia e todos estavam lá produzindo seu próprio texto. Por que esse momento me marcou?! Ele me marcou porque você me fez perceber que nós poderíamos produzir um texto literário, particularmente eu, que não via que tivesse imaginação para tanto, mas fiz com muita leveza, empolgação e graça. A fábula que produzir trazia a mensagem de que por mais que você encontre adversidades e nada pareça fazer sentido… lá no fundo existe uma pequena luz que te guiará no caminho para você se reerguer novamente, basta manter acesa a chama da fé e da esperança. Hoje sei que um pouco dessa história foi uma conversa comigo mesma...

Interessante, né?! Como as atividades em sala de aula dialogam com as nossas vivências e como o professor exerce um papel primordial nessa formação.

Espero que continue sendo luz e nos envolvendo com sua calma, sabedoria e paciência, principalmente, nesse tempo de pandemia. 

Obrigada, Professora Petronilia😘😘.


Abraços, 

de sua aluna Jardeane R. de Araújo, que agora está se formando em Letras também😉!


Atividade com supervisores do dia 29 de abril de 2021: texto dedicado ao professor.

 

No encontro do dia 29 de abril, os professores supervisores do PIBID nos solicitaram que escrevêssemos uma carta, um texto dedicado a algum professor nosso, seja pelas boas ou más experiências que ele proporcionou. Eu hesitei um pouco em deixar impressões pessoais e tão singulares em um trabalho considerado acadêmico. Além disso, eu, particularmente, tive muitas experiências positivas com professores na escola, muito incentivo e carinho. Talvez tenha sido um privilégio meu, mas, sem sombra de dúvida, um privilégio que contribuiu diretamente para minha chegada ao que sou hoje. E essas memórias ainda ajudam na caminhada. Me orientam sobre como agir academicamente, sobre como me defender na academia, quando necessário (e, às vezes, é!), sobre como agir em sala de aula. Assim, de um modo geral, tenho ciência de que sou (e não é por menos) muito, muito, muito grata mesmo aos inúmeros profissionais que passaram pela minha vida escolar.

Dito isso (e tudo na vida tem um “porém”), eu me lembrei de uma situação particular que me ocorreu na primeira série do Ensino Fundamental, aos 7 anos, envolvendo a professora da ocasião, e que acredito que seja relevante. Não foi uma experiência nada boa. Então, por que relatá-la, sendo que eu tenho tantas coisas positivas sobre outros professores ao longo da vida? Talvez pela catarse da oportunidade de livrar-me do sentimento ruim, talvez. Ou talvez porque alguém possa ler e pensar “será que não sou, em algum momento, injusto com meus alunos?”, e assim, refazer sua caminhada.

Eis minha historinha, em forma de conto (ou seria uma crônica? Ou um relato? A linha entre alguns gêneros é tão tênue, não é mesmo?), e eu a dedico à professora D. Sílvia, cuja imagem ainda me apavora, apesar de ter certeza que ela não sabia o que estava fazendo.

*** 


MAIS UM CONTO DE ESCOLA

 Quando eu penso na época em que era criança, na escola, eu realmente não entendo o que passava na minha mente. Êta cabecinha confusa, meu Deus. Eu entendia perfeitamente as atividades escolares, os trabalhos para casa, as somas, a caligrafia, e era boa aluna, sim. O que me causava confusão era tudo fora disso: qual horário era o intervalo, se cada época parecia ser numa hora diferente? Qual horário era de ir embora? Quando era o dia da aula de religião, para colocar, na mochila, o livro?  E o problema não era somente de ordem cronológica, mas também não entendia certas dinâmicas sociais: Porque, raios, as crianças corriam no intervalo? Qual o problema em ter somente um amigo?

Naquele dia, eu havia chegado atrasada, como sempre. Minha mãe, como inúmeras mães, trabalhava muito, e nem sempre conseguia com que eu chegasse antes do horário. Eu entrei na sala, e havia um silêncio sepulcral. Imagine, uma sala de crianças de 7 anos, todos quietos. Entrei muda, e sem fazer um único som e espremi até a minha carteira. Tinha uma folha mimiografada (pessoas dos anos 80 vão entender!), escrito meu nome. E eu respirando interrogações, sem ter ideia do que estava acontecendo. Olhei prum colega, gesticulei com a boca sobre o que era pra fazer, e ele fez sinal com a cabeça, na direção da folha, e disse: é pra responder.

Bom, responder questões? Isso eu sei fazer. Mas estava tensa. Olhei pro papel e, juro, não fazia ideia da onde vinham aquelas questões. Eu não sabia nem a que matérias eram relacionadas. O que nós fazemos quando não sabemos algo, hoje em dia? Google né. Não tinha Google. Então, eu fui direto à fonte do conhecimento, claro! O livro didático. Português e matemática eu já havia entendido que não era sobre aquilo de que se tratava a folha misteriosa. Abri o de “ciências sociais”, o famoso compêndio de todos os assuntos que não eram de português e nem de matemática. Ninguém tinha materiais em cima da mesa, então, eu, prá não ser a “diferentona”, abri timidamente o livro sobre a pernas, e parti em busca das respostas.

Havia um colega do lado que se chamava Luciano (e eu não poderia esquecer esse nome). Ele parecia uma bonequinha que eu tinha, carequinha e de olhos bem grandes. O menino gritou, gente. Gritou:

- PROFESSORA A PAULA ESTÁ COLAAAAAAANDOOOOOOOOOOOOOOOO NA PROVAAAAAAAA.

Sim, minha gente, podem rir. A folha, a tal folha era uma folha de prova. Eu era nova na turma, e nunca tinha tido uma prova. Pelo menos, não tão séria, tão silenciosa, tão sistemática. Além disso, não estava escrito “prova”. Estava escrito “atividade”. E eu levava as coisas escritas muito à sério (pelo menos até a chegada do finado Orkut e do atual Facebook, que vieram para quebrar esse meu paradigma). Mas o fato é que era uma prova, e eu estava olhando no livro. Em outras palavras, e do ponto de vista de quem viu a cena: eu estava colando. Eu não sabia que era uma prova, eu cheguei atrasada e perdi a explicação. E eu não lembrava que era dia de tal acontecimento (já comentei sobre meu problema com a cronologia dos fatos na infância, né?), e eu também não sabia que estava colando. Eu não sabia o que sequer era “colar”, a não ser quando eu via, na TV, a Chiquinha pedindo cola para o Chaves, durante a prova do professor Girafalles.

Ouvir meu nome em voz alta, me despertou uma tremedeira, e tudo, tudo ao redor sumiu. Foi como ser jogada num quarto escuro. Só tinha a voz da professora, que, sem titubear, logo em seguida à acusação, e num tom muito comum das professoras da época, quando estavam bravas, disse:

-A SENHORA Paula está colando???

Eu odeio sarcasmo até hoje. Eu não era uma senhora, e eu não estava colando. "Colar" envolveria conhecimento prévio sobre a situação, e eu juro, gente, eu não sabia. E eu não consegui responder nada. Eu suava frio, e eu lembro de ver o suor escorrer nas mãos. E eu, normalmente, não transpiro pelas mãos. Talvez eu tenha gaguejado algo. Só lembro bem que fazia imensa força pra não chorar, pois mais humilhante que aquilo, seria chorar como um cachorro covarde e com medo, né? Eu lembro que ela começou a gritar um enorme sermão, e tirou bruscamente meu livro. O blush bem vermelho (alô, anos 90!) e os olhos pintadíssimos dela foram se fundindo num borrão só, junto com a voz que, na minha lembrança se parece muito alta e rouca. Eu não consigo lembrar do q eu ela disse, pois na ocasião eu não entendi, parecia bem outro idioma. Aliás, eu nem sei como eu não desmaiei.

E eu passei o restante do tempo congelada, sem conseguir me mexer, e dentro de mim só tinha a pintura do Munch, “O grito”, sabem? E ele gritava assim: O QUE VOCÊ FEEEEEEEEEEEEZZZZZ?!?! Pois é. Parecia que todos que me olhavam também eram mini-Gritos, fazendo o mesmo questionamento. Obviamente eu não consegui mais nem se quer ler o que estava escrito na tal “prova”, e assim que o primeiro entregou, e eu vi que poderia sair, entreguei a minha como estava, em branco. Saí, sem fazer a menor ideia do que eu deveria ter escrito. Fugi, me esgueirando como um rato. Já lá fora, eu logo encontrei minha única amiguinha (Kéw, um salve pra você!), e ela não tocou no assunto. Eu também não, apesar de que eu queria muito me explicar para ela, explicar que eu não era uma pessoa que fazia coisas erradas, que eu não era criminosa.

Eu queria ter explicado pra professora também. Mas eu não pude. Às vezes, eu dou risada contando essa história, da tamanha inocência, a minha. Às vezes, eu lembro da sensação de fora-da-lei, do enorme constrangimento, e tenho vontade de chorar. Lembrar da situação ainda me entristece, pela injustiça da coisa, e pela minha incapacidade de reagir. Pela estupidez e falta de tato da educadora. Talvez eu seja sensível demais?  Talvez. Mas quem não é, aos 7 anos? E eu nunca imaginei que essa situação poderia ter me rendido um trauma, até recentemente, quando fui fazer uma prova da minha antiga faculdade. Era uma prova em dupla, mas muito difícil. O professor teve um problema e precisou sair da sala, e, segundo ele, ia demorar uns 30 minutos. Logo que ele saiu, toda a sala alcançou o celular em busca de respostas. Meu amigo, o da minha dupla, não fez diferente, e sacou logo o celular, alegando que a saída do professor era obra divina. 

Minhas mãos começaram a suar, e eu disse pra ele que era melhor não, prá fazermos sozinhos, que o professor ia voltar a qualquer momento. Ele me ignorou, totalmente, até porque eu não consegui ser enfática o suficiente. Eu, a portadora do dilúvio em forma de sudorese.

-Amiga larga de bobagem, olha pra sala! (Fazendo sinal com as mãos, apontando os outros.)

Eu olhei, e a prova, nesse momento tinha virado uma grande prova coletiva, com participação do Nosso Senhor dos Estudantes - o Google. Mas eu não vi por muito tempo, porque eu fui lançada num quarto escuro novamente, com uns borrões de blush e palavras roucas e gritadas. Sim, meus amigos, eu passei muito mal. Vinte e cinco anos depois, e eu tive uma crise de pânico. Meu amigo, vendo a situação sem entender nada, disse pra eu sair um pouco, que ele ia fazendo a prova. E eu, sem pensar no que estava fazendo, saí. Fugi. Me esgueirando como um rato.

Professora, Dona Sílvia. Tia Sílvia. Se eu pudesse te dizer algo, diria que é preciso contextualizar os alunos das atividades, e aos 7 anos, é preciso contextualizá-los muito bem, muito especificamente. Ninguém “cola” com sete anos. E, principalmente, é preciso diálogo, e não gritos. Dar a eles a chance de se explicar, civilizadamente, pois estamos em constante aprendizado quando se trata de regras. Cada novo universo que adentramos, e suas regras, requer clareza pra entende-las. Crianças precisam e devem ser tratadas como seres humanos, e privá-las do direito à resposta, com gritos e imposições não é um tratamento humanitário. Acredito que isso serve para todos os alunos e contribui para a formação do caráter de uma pessoa.

Ah, e eu dei a bonequinha carequinha embora, na semana seguinte, pois parecia que a qualquer momento ela ia gritar:

- A PAULA ESTÁ COLAAAAAAANDOOOOOOOOOOOOOOOO!!!


Paula Ramos Ghiraldelli, graduanda em Letras e pibidiana.


O grito, 1983. Edvard Munch.

Encontro com os supervisores do dia 22 de abril: desenho sobre produção de texto na escola

 

Em nosso encontro no dia 22/04/2021, com os professores supervisores, para a compreensão do trabalho com sequência didática, nos foi solicitado que fizéssemos um desenho sobre uma experiência escolar relacionada com produção de texto, e eu me lembrei de um atividade que fazíamos na escola, que era "Redação coletiva", e que eu gostava bastante. A professora combinava o tema conosco, e cada um ia falando, dando sugestões sobre a redação e o que poderia acontecer na história. Meu desenho foi sobre isso.


Paula Ramos Ghiraldelli, graduanda em Letras e pibidiana