domingo, 5 de maio de 2019

Relato de oficina Gênero Crônica. Escola Est. Profa. Alcides Rodrigues Aires

Pibidianos: Clara, Patricia, Leandro e Mayara.

Em uma das reuniões semanais onde coordenadores, supervisores e pibidianos (os alunos que participam do projeto de iniciação à docência) se encontram, recebemos as orientações necessárias para iniciar as oficinas.
Nos foi apresentado o tema, sugerido pelas Olimpíadas de Língua Portuguesa, que é “O lugar onde vivo”, e foram sorteados os gêneros textuais que cada grupo trabalharia. O nosso gênero foi Crônica, a ser trabalhado no 8° e 9° ano.
A escolha, distribuição dos gêneros e a realização das oficinas teve como objetivo auxiliar os professores, ajudando-os a discutir sobre os gêneros textuais a serem trabalhados nas Olimpíadas de Língua Portuguesa, de acordo com o indicado para cada série.
Os coordenadores e supervisores situaram nós, pibidianos, ao gênero que trabalharíamos. Em reunião, pesquisamos (para relembrar) do que se tratava o gênero textual sorteado, e produzimos, em grupo, uma crônica sob orientação dos supervisores.
Feita a sequência didática em conjunto, partimos para a escola.
A escola onde trabalhamos é uma escola periférica, isso significa que os estudantes de lá não fazem parte da “alta sociedade”. Uma escola bem aconchegante, cheia de lindas árvores e flores. Tem ótimos e prestativos professores e demais funcionários. Funciona em turno diurno e conta com a Educação para Jovens e Adultos, e também com o programa Mais Educação. O slogan da instituição é “Educação de qualidade para todos”. Posso dizer que é o que eles realmente ofertam, com a ajuda de todos os funcionários e da comunidade.
No dia 27/03, o primeiro de quatro encontros, chegamos na sala, e o objetivo daquele encontro era apresentar (ou reapresentar) a Crônica para os alunos. Esperamos 10 minutos para eles chegarem. Chegou menos do que o esperado para participar da oficina. Nos apresentamos, falamos o que faríamos ali, os deixamos apresentarem-se e testamos o conhecimento prévio deles sobre o assunto a ser trabalhado perguntando se eles já tinham ouvido falar, o que achavam que era, do que se tratava, etc. Nós, pibidianos, estávamos muito nervosos, pois não tínhamos tanto conhecimento sobre o gênero (não tanto quanto um professor), e isso nos deixava um pouco inseguros.
Falamos o que era, contamos toda a história de origem, quais eram as características, os tipos de crônica, para quê servia, apresentamos alguns nomes de cronistas nacionais e regionais, apresentamos o tema que seria trabalhado, que, reforçando, era “o lugar onde vivo”, e levamos uma crônica de Luís Fernando Veríssimo para ilustrar o que havíamos falado. No início eles não estavam entendendo muito bem o que estávamos falando. Então, tivemos que fugir um pouco da nossa sequência didática e propomos, nós mesmos juntamente com os alunos, fazer uma crônica sobre o tema em questão. Nos sentamos em círculo e cada aluno falou alguma pequena narração que gostariam que tivesse na crônica enquanto um pibidiano ficou responsável por escrevê-la. Ao final, a crônica ficou ótima e muito engraçada! Todos os alunos ficaram muito orgulhosos e mais interessados no gênero. Demos muitas gargalhadas enquanto estávamos produzindo, todos estavam participando, inclusive eles, os próprios alunos, sugeriram que fizéssemos uma confraternização na oficina seguinte onde nós levaríamos o refrigerante e eles ficariam responsáveis pelos salgados, isso foi algo inesperado para nós. Mas concordamos, claro, e combinamos. E lá se foram 3 horas de oficina. Esse foi apenas o primeiro dia. O início da nossa aventura.


No dia 03/04, retomamos para realizar a segunda oficina, cada oficina tinha duração de 3 horas. Começamos com uma dinâmica de quebra gelo para despertar a turma, essa era a dinâmica do 1 2 3. Formamos duplas e com isso os alunos recebiam um comando dado por um dos acadêmicos de letras, eles teriam que seguir cada comando, trabalhado o raciocínio lógico e a interação entre alunos. Desde o primeiro dia fomos bem acolhidos pelos alunos, sempre nos chamou de professores e isso nos ajudou muito a ter confiança para ministrar a oficina. No início foi difícil, mas conseguimos nos acalmar com a ajuda deles.

 
  
Logo após, recapitulamos o conteúdo de Crônica, percebemos que havia uma aluna nova que precisava ser atualizada sobre o conteúdo, ela foi muito prestativa à oficina. Respondemos algumas dúvidas pendentes ao conteúdo. Levamos uma atividade para fixar o conteúdo, o coordenador Jonnes nos deu total suporte na impressão do material e no espaço que ocupamos na escola. Demos alguns minutos para cada um responder sua atividade e em seguida, fizemos a correção compartilhada. Antes de terminarmos a oficina pedimos para os alunos trazer uma história de Porto Nacional, algo que eles quisessem escrever em suas crônicas e que já começassem suas produções.
Em seguida terminamos nossa oficina com uma confraternização dos pibidianos e alunos.
  
No dia 10/04, foi ministrada a terceira oficina com os alunos. Como havíamos pedido para que cada aluno trouxesse uma história do lugar onde vivo para as produções de suas crônicas, alguns trouxerem já outros não. E ali tivemos que resgatar memórias de Porto Nacional para debatermos e para as produções. Cada ministrante da oficina sentou-se com um aluno para auxiliá-los em suas produções. Fiquem com uma aluna que infelizmente não tinha feito sua pesquisa de campo, então perguntamos o que mais atraia na cidade. Ela sentia uma grande admiração pelo Colégio Sagrado Coração de Jesus, assim sendo iniciamos uma pesquisa sobre o colégio, ela se encantou com as histórias que descobrimos, e dali surgiu uma ótima crônica. Assim seguiu as produções dos alunos. Em seguida, com todas já concluído suas crônicas fizemos uma pequena socialização para cada um contar sua história. Para finalizar a terceira oficina, fizemos outra dinâmica para explorar suas emoções e nos conhecer melhor, ficamos juntos por quatro semanas e acabamos tenho um vínculo positivo de professor e aluno.

Dia 17/04 foi realizado uma pequena culminância das crônica e dos outros gêneros textuais trabalhados em outras turmas, produzidos pelos alunos. Eles reescreveram, e fomos para o auditório da escola para eles realizarem uma bela apresentação para os outros alunos. Os alunos gostaram muito, foi uma experiência maravilhosa. Puderam conhecer histórias de antigamente contadas por seus pais e avós e obtiveram um melhor conhecimento sobre o gênero. Foi uma experiência linda que nós pibidianos tivemos, por eles terem gostado de participar dessa bela oficina de Crônica.


 

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