Pibidianos:
Clara, Patricia, Leandro e Mayara.
Em uma das
reuniões semanais onde coordenadores, supervisores e pibidianos (os alunos que
participam do projeto de iniciação à docência) se encontram, recebemos as
orientações necessárias para iniciar as oficinas.
Nos foi
apresentado o tema, sugerido pelas Olimpíadas de Língua Portuguesa, que é “O
lugar onde vivo”, e foram sorteados os gêneros textuais que cada grupo
trabalharia. O nosso gênero foi Crônica, a ser trabalhado no 8° e 9° ano.
A escolha,
distribuição dos gêneros e a realização das oficinas teve como objetivo
auxiliar os professores, ajudando-os a discutir sobre os gêneros textuais a
serem trabalhados nas Olimpíadas de Língua Portuguesa, de acordo com o indicado
para cada série.
Os coordenadores e supervisores situaram nós, pibidianos, ao
gênero que trabalharíamos. Em reunião, pesquisamos (para relembrar) do que se tratava
o gênero textual sorteado, e produzimos, em grupo, uma crônica sob orientação
dos supervisores.
Feita a sequência didática em conjunto, partimos para a
escola.
A escola onde trabalhamos é uma escola periférica, isso
significa que os estudantes de lá não fazem parte da “alta sociedade”. Uma
escola bem aconchegante, cheia de lindas árvores e flores. Tem ótimos e
prestativos professores e demais funcionários. Funciona em turno diurno e conta
com a Educação para Jovens e Adultos, e também com o programa Mais Educação. O
slogan da instituição é “Educação de qualidade para todos”. Posso dizer que é o
que eles realmente ofertam, com a ajuda de todos os funcionários e da
comunidade.
No dia 27/03, o primeiro de quatro encontros, chegamos na
sala, e o objetivo daquele encontro era apresentar (ou reapresentar) a Crônica
para os alunos. Esperamos 10 minutos para eles chegarem. Chegou menos do que o
esperado para participar da oficina. Nos apresentamos, falamos o que faríamos
ali, os deixamos apresentarem-se e testamos o conhecimento prévio deles sobre o
assunto a ser trabalhado perguntando se eles já tinham ouvido falar, o que
achavam que era, do que se tratava, etc. Nós, pibidianos, estávamos muito
nervosos, pois não tínhamos tanto conhecimento sobre o gênero (não tanto quanto
um professor), e isso nos deixava um pouco inseguros.
Falamos o que era, contamos toda a história de origem, quais
eram as características, os tipos de crônica, para quê servia, apresentamos
alguns nomes de cronistas nacionais e regionais, apresentamos o tema que seria
trabalhado, que, reforçando, era “o lugar onde vivo”, e levamos uma crônica de
Luís Fernando Veríssimo para ilustrar o que havíamos falado. No início eles não
estavam entendendo muito bem o que estávamos falando. Então, tivemos que fugir
um pouco da nossa sequência didática e propomos, nós mesmos juntamente com os
alunos, fazer uma crônica sobre o tema em questão. Nos sentamos em círculo e
cada aluno falou alguma pequena narração que gostariam que tivesse na crônica
enquanto um pibidiano ficou responsável por escrevê-la. Ao final, a crônica
ficou ótima e muito engraçada! Todos os alunos ficaram muito orgulhosos e mais
interessados no gênero. Demos muitas gargalhadas enquanto estávamos produzindo,
todos estavam participando, inclusive eles, os próprios alunos, sugeriram que
fizéssemos uma confraternização na oficina seguinte onde nós levaríamos o
refrigerante e eles ficariam responsáveis pelos salgados, isso foi algo
inesperado para nós. Mas concordamos, claro, e combinamos. E lá se foram 3
horas de oficina. Esse foi apenas o primeiro
dia. O início da nossa aventura.
No dia 03/04, retomamos para realizar a segunda oficina,
cada oficina tinha duração de 3 horas. Começamos com uma dinâmica de quebra
gelo para despertar a turma, essa era a dinâmica do 1 2 3. Formamos duplas e
com isso os alunos recebiam um comando dado por um dos acadêmicos de letras,
eles teriam que seguir cada comando, trabalhado o raciocínio lógico e a
interação entre alunos. Desde o primeiro dia fomos bem acolhidos pelos alunos,
sempre nos chamou de professores e isso nos ajudou muito a ter confiança para
ministrar a oficina. No início foi difícil, mas conseguimos nos acalmar com a
ajuda deles.
Logo após, recapitulamos o conteúdo de Crônica, percebemos
que havia uma aluna nova que precisava ser atualizada sobre o conteúdo, ela foi
muito prestativa à oficina. Respondemos algumas dúvidas pendentes ao conteúdo.
Levamos uma atividade para fixar o conteúdo, o coordenador Jonnes nos deu total
suporte na impressão do material e no espaço que ocupamos na escola. Demos alguns
minutos para cada um responder sua atividade e em seguida, fizemos a correção
compartilhada. Antes de terminarmos a oficina pedimos para os alunos trazer uma
história de Porto Nacional, algo que eles quisessem escrever em suas crônicas e
que já começassem suas produções.
Em seguida terminamos nossa oficina com uma confraternização
dos pibidianos e alunos.
No dia 10/04, foi ministrada a terceira oficina com os
alunos. Como havíamos pedido para que cada aluno trouxesse uma história do
lugar onde vivo para as produções de suas crônicas, alguns trouxerem já outros
não. E ali tivemos que resgatar memórias de Porto Nacional para debatermos e para
as produções. Cada ministrante da oficina sentou-se com um aluno para
auxiliá-los em suas produções. Fiquem com uma aluna que infelizmente não tinha
feito sua pesquisa de campo, então perguntamos o que mais atraia na cidade. Ela
sentia uma grande admiração pelo Colégio Sagrado Coração de Jesus, assim sendo
iniciamos uma pesquisa sobre o colégio, ela se encantou com as histórias que
descobrimos, e dali surgiu uma ótima crônica. Assim seguiu as produções dos
alunos. Em seguida, com todas já concluído suas crônicas fizemos uma pequena
socialização para cada um contar sua história. Para finalizar a terceira
oficina, fizemos outra dinâmica para explorar suas emoções e nos conhecer
melhor, ficamos juntos por quatro semanas e acabamos tenho um vínculo positivo de
professor e aluno.
Dia 17/04 foi realizado uma pequena culminância das crônica
e dos outros gêneros textuais trabalhados em outras turmas, produzidos pelos
alunos. Eles reescreveram, e fomos para o auditório da escola para eles
realizarem uma bela apresentação para os outros alunos. Os alunos gostaram
muito, foi uma experiência maravilhosa. Puderam conhecer histórias de
antigamente contadas por seus pais e avós e obtiveram um melhor conhecimento
sobre o gênero. Foi uma experiência linda que nós pibidianos tivemos, por eles
terem gostado de participar dessa bela oficina de Crônica.
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