domingo, 26 de maio de 2019

O planejamento no pibid

Ao ver uma oficina acontecendo, as pessoas podem se perguntar: leva tempo? quanto? pode ser feita de qualquer forma, ou tem apenas uma forma? Para os pibidianos, realizar uma oficina é ter passado pelo menos semanas se planejando, definindo objetivos, coletando material, debatendo qual a melhor forma de levar o conteúdo para a sala de aula, os caminhos a serem percorridos, entre outros.




Esse planejamento, como dito acima, leva certo tempo. Esse período é separado tanto nos encontros realizados pelo projeto pelo menos uma vez na semana, quanto entre os próprios licenciandos e professores coordenadores das escolas participantes.


Esses momentos são muito importantes para a pratica docente, uma vez que não estaremos apenas durante um período do dia naquela unidade escolar, necessitando assim, pensar e debater muito bem sobre o  planejamento da oficina e como será realizada. 


Entendemos que o planejamento:


“É um instrumento direcional de todo o processo educacional, pois estabelece e determina as grandes urgências, indica as prioridades básicas, ordena e determina todos os recursos e meios necessários para a consecução de grandes finalidades, metas e objetivos da educação.” (MENEGOLLA & SANT’ANNA, 2001, p.40)

Cada ida as escolas é planejada em seus detalhes: os materiais, o que a escola possui que pode ser utilizado, o que é necessário levar, o que faltou na ultima vinda, entre outros pontos. Todos levantados nas sequencias didáticas, que possuem o plano de aula para todo o ciclo de oficinas, ou seja:


“É a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo. (...) É a sistematização de todas as atividades que se desenvolvem no período de tempo em que o professor e o aluno interagem, numa dinâmica de ensino-aprendizagem.” (PILETTI, 2001, p.73)



Planejamento e plano parecem parecidos, mas não são. Cada um possui a sua importância e funcionalidade, tendo o licenciando uma relação intima entre tais tipologias. Entendemos que para qualquer atividade que possua objetiva ter resultados, ela precisa ser planejada e organizada. Mais ainda quando falamos da educação, que envolvem especificidades muito particulares, que uma vez desorganizadas, podem diluir todo um trabalho anterior. Não se pode improvisar a educação, seja ela qual for o seu nível.” (SCHMITZ, 2000, p.101)

Muitos docentes acabam por não planejar as suas aulas, pois veem no seu tempo em sala a resposta para qualquer problema que apareça. Nas palavras de Moretto (2007, p.100) “Há, ainda, quem pense que sua experiência como professor seja suficiente para ministrar suas aulas com competência.”. Se comprometer com o planejamento proporciona a reflexão permanente, quanto a sistematização da realidade, as propostas que se deseja levar a sala de aula e até mesmo a prática. Não deixando que o educador fique estagnado, acomodado, apenas reproduzindo. Nesta reflexão, o mesmo se torna o agente das mudanças. Atentos a questão politica visto que

Essencialmente, educar/ensinar é um ato político. Entendamos bem essa proposição: a essência política do ato pedagógico orienta a práxis do educador quanto aos objetivos a serem atingidos, aos conteúdos a serem transmitidos e aos procedimentos a serem utilizados, quando do trabalho junto a um determinado grupo de alunos.” (SILVA, EZEQUIEL, 1991, p.42 in Hypolitto 2008, p. 6)


Segundo Vasconcellos (2000), do ponto de vista educacional, o planejamento é um ato político-pedagógico porque revela intenções. Segundo ele planejar é elaborar o plano de intervenção na realidade, aliando às exigências de intencionalidade de colocação em ação, é um processo mental, de reflexão, de decisão, por sua vez, não uma reflexão qualquer, mas grávida de intenções na realidade (VASCONCELLOS, 200, p.43)





O pibid, dessa forma, nos oferece todo um arcabouço teórico e pratico acerca da pratica docente, seja dentro ou fora da sala de aula. Evidenciando assim, a importância do mesmo nos cursos de licenciatura espalhados pelo País.

Referências:
ARAUJO, J.C.S. Disposição da aula: os sujeitos entre a tecnia e a polis. In: VEIGA, I. P.A.
(Org.) Aula: gênese, dimensões, princípios e práticas. Campinas: Papirus, 2008.

CASTRO, P.A.P.P.; TUCUNDUVA, C.C.; ARNS, E.M. A importância do planejamento das aulas para organização do trabalho do professor em sua prática docente. In.: ATHENA, Revista Científica de Educação, v. 10, n. 10, jan./jun. 2008. Disponível em: http://nead.uesc.br/arquivos/Fisica/instrumentacao/artigo.pdf . Acesso em: 26/05/2019

HYPOLITTO, Dineia. A formação do professor em descompasso com a realidade. Disponível em: http://www.geocities.ws/dineia.hypolitto/arquivos/artigos/AFormacaoDoProfessorEmDescompassoComARealidade.d_205.pdf
Acesso em: 26/05/2019

LIBÂNEO, J.C. Didática. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2013

MORETTO, Vasco Pedro. Planejamento: planejando a educação para o desenvolvimento de competências. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

MENEGOLLA, Maximiliano. SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que planejar? Como planejar? 10ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

PILETTI, Cláudio. Didática geral. 23ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2001.

SCHMITZ, Egídio. Fundamentos da Didática. 7ª Ed. São Leopoldo, RS: Editora Unisinos, 2000.

VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto políticopedagógico. 9 ed. São Paulo: Libertad, 2000.



quinta-feira, 23 de maio de 2019

Lembranças de uma menina


Por: Gisele Bento


Hoje, em meio a correria deste mundo, me pego cercada com meus pensamentos que me fazem voltar a minha infância. Minha história começa nos anos 90 quando a minha mãe me deu a luz aos treze anos de idade. Eu era uma criança linda e saudável— bom foi o que ela sempre me contou— , porém não recordo dessa fase.Tenho vagas lembranças do período de cinco aos seis anos: lembro-me que um dia minha mãe saiu para pegar buriti e me deixou sozinha em casa, moravamos em uma fazenda no interior de Natividade do Tocantins quando ela voltou, lá estava eu sentada no chão da cozinha com o corpo e cabelo todo molhado de óleo diesel, era o óleo que usávamos nas candeias para alumiar durante a noite, visto que naquela época não existia energia elétrica.

Minha infância não foi grandes maravilhas, aos 9 anos fui morar com a minha avó materna em uma fazenda vizinha onde morava com minha mãe. As coisas eram muito difíceis, éramos uma família muito humilde e dependia das plantações da roça. Por esse motivo, começamos a trabalhar muito cedo, eu, minha irmã que era um ano mais nova e, meus três tios, sendo duas mulheres e um homem.Todos tinham que ajudar a plantar e colher arroz, milho, abóbora, feijão entres outros. Eu e minha tia Josi sempre ficava com o trabalho mais pesado por ser as mais velhas, buscamos água na fonte, pegava lenha, e cuidava da casa.

Mesmo com muitas dificuldades encontrávamos sempre um tempinho para brincar de casinha, andar a cavalo, brincar de carrinho, tomar banho no córrego, pescar, tomar o leite quentinho no coral e subir nas árvores era a parte que eu mais amava fazer. Quando meus avós viajavam para a cidade sempre ficavamos sozinhos era aí que vinham as aventuras, uma vez que não retornavam em menos de três dias, eu sempre aparecia com ideias era uma mocinha terrível e abria o caminho para os outros, era tudo articulado preparavamos uma refeição logo pela manhã e saia para a fazenda vizinha onde tinham inúmeras barragens alguns com queda de água, pescavamos, tomávamos banho e voltava para casa somente no final do dia, era uma sensação maravilhosa ouvir a queda da água, os cantos dos passarinhos e araras. Foram várias aventuras como essa que guardávamos como grandes segredos. 

Fui uma criança muito feliz apesar de uma história complicada e cheia de tarefas, pois era inocente e não preocupava com nada, tinha uma vida simples no campo um lugar lindo cercado de serras e cerrados, era algo encantador uma beleza natural e sem destruição que até hoje sinto saudades. 

domingo, 5 de maio de 2019

Relatório - PIBID Cem Florêncio Aires

Por Marta Marques
Realizamos no dia 27/03 a oficina relacionada ao gênero textual memórias literárias. Trabalhamos durante o mês de março, com uma aula de aproximadamente duas horas todas as quartas feiras, totalizando quatro semana e quatro dias de oficina. Para essa essa oficina acontecer, buscamos planejar situações que tornaria a aula mais interessante para as alunas. Essa era a nossa intenção, mas o grupo, composto por integrantes do PIBID, não se entregou totalmente, além da falta de planejamento para passarmos o conteúdo proposto por nós. E isso originou um receio no final da oficina, pois não ficamos satisfeitos com o nosso desempenho. Mas com a competência de cada integrante do grupo, passamos o tema proposto, mas poderíamos ter explorado mais o tema, obtendo um resultado mais positivo para nós e alunos. Conversamos sobre nossas falhas, e observamos que alguns dos nossos erros foi não levarmos materiais para trabalhar com as alunas, e esses materiais seria importante, pois se essa didática estivesse presente, a aula se tornaria mais eficaz, e aprenderiam o conteúdo com facilidade. Mas diante de toda essa falta de planejamento, nosso grupo conseguiu um ponto positivo, pois como não levamos muitos recursos para trabalhar, investimos na socialização em grupo, algo que todos gostaram e bem sociável, pois todos tinham o direito de exprimir sua opinião sobre o assunto, e se tornou aulas bem interessantes. 
Às 14:00 hr do dia 27/03 os pibidianos se encontravam todos reunidos para dar início ao planejamento, começamos nos apresentando e logo mais dividimos os alunos referente ao seus respectivos temas a ser estudado, os alunos presentes eram 14 então dividimos 7 para cada grupo sendo crônica e memória. já com cada grupo organizados em sala os pibidianos responsáveis pelo gênero memória deu início a apresentação do gênero, primeiramente procuramos saber se elas tinham algum conhecimento, se já tinham ouvido falar, algumas responderam que sim então procuramos aprofundar mais de forma que um dos pibidianos pediu para que elas fizessem um desenho retratando seu carnaval essa foi uma boa maneira delas voltarem no passado recente e assim entrarmos diretamente no tema e suas marcas presentes, desenvolveram como foi pedido. Uma das alunas apontou que passou o carnaval em casa,outra na fazenda, outras com a família e assim por diante. Aproveitando o momento um dos pibidianos explicou algumas palavras no passado (fui, estive, naquele dia), logo após com uma roda de conversa foi feita algumas perguntas orais: o que marcou sua infância? tipos de brincadeiras?. Dependendo das respostas desenvolveram um texto baseado no gênero lugar onde vivo. 15:40 hr algumas alunas entregaram as produções, os pibidianos presentes pontuaram os textos com esse fato um dos pibidianos se emocionou por ter lido e um dos textos ter lhe tocado tanto por ser uma história de vida sofrida e cheia de perdas. 
Às 15:50 finalizamos as correções dos textos e liberamos os alunos, enquanto isso os pibidianos ficaram reunidos em sala finalizando alguns tópicos. No dia 03/04 foi o nosso segundo encontro com 3 alunas presentes, devolvemos os textos feito no primeiro dia e assim elas observaram e a partir deste texto iniciou um segundo de acordo com a correção feita do primeiro. Ao devolver buscamos lembrá-las o que seria o gênero e quais suas características, algumas das alunas comentava com a amiga sobre uma prova que a preocupava muito, porém isso não foi um empecilho. Assim enquantos elas estavam concentradas um dos pibidianos distribuiu bombons entre elas, estavam bastante atentas. Chegando o momento da socialização nos deparamos com uma adolescente cheia de conflitos, separação dos pais, sintoma de depressão e o mais interessante foi ela sentir tanta confiança para expor esses sentimentos em um texto e se abrir com os pibidianos ali presentes. terceiro dia 10/04 nos dirigimos para parte prática de unir a entrevista com o gênero memória, as alunas colocaram a mão na massa. Durante a socialização com as alunas, Propomos uma atividade fora da sala de aula. Copiamos algumas perguntas no quadro para elas, relacionadas às festas tradicionais do município de Porto nacional , e essas perguntas não seriam para elas responderem e sim buscarem respostas de pessoas aleatórias da escola. Essa atividade além de interessante para ambos, seria uma situações que ficaria marcadas no seu aprendizado, pois poderiam descobrir novas memórias e relembrar os costumes tradicionais da sociedade antiga do município. Passadas algumas horas, todas as alunas conseguiram concluir a atividade e comentaram sobre sua “pesquisa” em torno do ambiente escolar. Entrevistaram funcionários e alunos da escola, com respostas bem criativas, além da socialização que foi importante para elas, pois com a socialização, memórias são recordadas. No último dia de encontro 17/04 foi um momento mais de ouvi-las, as dificuldades, os pontos negativos e positivos. novamente sentamos em círculo e uma das dificuldades encontrada por elas foi os textos produzidos através de memória de outras pessoas diante disso deixaram claro que duas perguntas foram complexas para elas referente a entrevista com outras pessoas. Como as meninas estavam com vergonha de se expressar pedimos para que escrevessem seus apontamentos. Uma das alunas em alta voz comentou um ponto negativo relevante que seria legal ter levado exemplos de memórias de outras pessoas para assim elas ir mais ciente do que devia ter feito. Um fato curioso nessa oficina, foi o acontecimento de estarmos ministrando a aula apenas para alunas do sexo feminino e todas estudavam o oitavo ano do ensino fundamental. Fizemos uma observação em relação ao comportamento das alunas na sala de aula e qual o impacto que iria acontecer com apenas “alunas” na sala de aula. Percebemos que o ambiente fica mais silencioso, sem barulhos, sem conversas paralelas, ficavam apenas fazendo a lição que instruímos a elas, e ficamos interessados nesse assunto, pois como havia apenas alunas, elas interagem mais entre si e ficavam mais à vontade durante a aula. 
O grupo usou como forma de interação uma roda de conversa em que as alunas se apresentaram e contaram suas histórias de vidas, foi algo de grande importância, pois além de ouvir seus relatos levamos as alunas entender a definição do gênero memória, neste caso ao relembrarem fatos que aconteceram nas suas infâncias. Desse modo as alunas entenderam como produziria os textos memórias e qual o modo verbal deveria ser empregado e que tipo de narrador. Neste aspecto, as produções foram bastantes produtivas as alunas concluíram os textos dentro do tempo estabelecido no planejamento do grupo. No entanto mesmo com alguns pontos negativos como por exemplo o fato de que o grupo não explorou o tema, já que poderia ser utilizando textos para exemplificar como é constituído o gênero memórias. Pode-se concluir que conseguimos contribuir para produção de conhecimento da turma sobre o tema trabalhado e aprendemos além de ensinarmos. 
 Pibidianos: Gisele, Nilsa, Marta, Rafael G e Rafael shino. Coordenadora: Gracivânia

Oficinas com Memórias Literárias

ACADÊMICAS: JANAINE, MICHELE E SIMONE

Dia 30 de janeiro de 2019, em reunião o grupo do PIBID- Programa institucional de bolsas de iniciação a docência, debatemos sobre os gêneros: crônicas, memórias e poemas. Com o tema “O lugar onde vivo”. Para posterior participação dos alunos nas olimpíadas de língua portuguesa.
Foram feitos apanhados sobre o tema, discutimos sobre o mesmo e analisamos exemplos de textos prontos. Além de vermos detalhadamente o passo a passo de como trabalhar o tema com os alunos.
No dia 06 de fevereiro de 2019, após discutirmos sobre como elaborar uma sequência didática, sobre os gêneros da olimpíada brasileira de língua portuguesa, as características de cada uma, partimos para divisão dos grupos.
O grupo das acadêmicas: Janaine, Michele e Simone. Ficaram responsáveis pelo gênero Memórias.
Para dar início às atividades, o grupo da oficina de memórias optou por fazer um roteiro geo-turístico, para possibilitar aos alunos conhecerem a história sobre a cidade onde vivem. A aula-campo ficou para ser confirmado tendo como sugestão o dia 28 de fevereiro de 2019.
Dia 13 de fevereiro de 2019 o grupo do PIBID voltou a se reunir e juntos discutiram questões importantes para o desenvolvimento das oficinas posteriormente: como era o processo de produção de texto antigamente? Era feito a discussão do tema a ser trabalhado antes? Lembrando que a Sequência Didática surge no final de 90. Diante desses questionamentos, a atividade proposta foi que cada pibidiano, fizesse um desenho que representasse a organização da sua sala de aula no seu período de estudo. Após o término do desenho foram socializados para que pudéssemos perceber as mudanças que ocorreram. E perceber qual a posição de professor que gostaríamos de assumir com nossos alunos.
Dia 20 de fevereiro de 2019- o foco da reunião nesse dia foi trabalhar o passo a passo da Sequência Didática. Para ativar o conhecimento prévio, sobre a SD.
Para melhor embasamento foram feitas leituras de textos de memórias e análise dos mesmos.
Dia 27 de fevereiro de 2019- cada grupo em seus respectivos gêneros produziram textos com o tema o lugar onde vivo para experimentar e saber na prática o processo pelo qual os alunos das oficinas passaram. Para obter êxito, o profissional não deve apenas visar a execução, mas também ter um planejamento, baseado em teorias que sustentam a necessidade do que será feito e foi isso que fizemos; estudamos, nos preparamos, organizamos e executamos.
Dia 28 de fevereiro de 2019- Realização do roteiro geo-turístico, pelo grupo de memórias com os alunos da Escola Estadual Professora Alcides Rodrigues Aires, sob a supervisão do professor Jonnes e da orientação da professora Rosane Balsan.
Dia 20 de março de 2019- Cada grupo socializou a Sequência Didática que desenvolverá na escola. Foram feitas ainda ressalvas sobre cada SD apresentada, pontuando o que deve ser melhorado e os pontos positivos também.
Importante frisar que o nosso grupo já havia dado início às atividades, com o roteiro geo-turístico no dia 28 de fevereiro.
Dia 27 de março de 2019- Reencontro do grupo de memórias com os alunos na escola foram discutidos sobre o roteiro que havíamos feito, cada um expôs suas considerações e em seguida, a apresentação do gênero memória foi introduzida no debate a partir de slides explicativos que as acadêmicas responsáveis pelo grupo de memórias juntamente com os alunos, iam lendo e discutido sobre cada tópico apresentado para que ao final, todos conseguissem compreender, o gênero a ser trabalhado.
Foram utilizados ainda textos impressos para que se familiarizassem com a estrutura do texto. Para tanto, foi feita uma roda de leitura, através da qual os textos foram debatidos, contando com a participação de todos.
A construção do texto em grupo foi feito oralmente a partir das histórias que os alunos haviam presenciado ou sabiam através dos pais, avôs, tios e/ou vizinhos.
Ao final foi proposto aos alunos que assim como o discutido na oficina, levassem como atividade, fazer uma entrevista com uma pessoa mais velha e a partir da entrevista produzirem um texto como havia sido discutido em grupo.
Dia 03 de março de 2019- Começamos pela socialização dos textos de quem havia feito, destacando que 3 alunas não haviam feito, argumentaram que não conseguiram uma pessoa para fazer a entrevista; porém se comprometeram a trazerem no próximo encontro.
Mas informações foram repassadas, assim como espaço para orientação e tirar as dúvidas. Inclusive sentamos individualmente com cada aluno para melhor orientá-los em suas produções.
Tendo em vista que uma das propostas da nossa SD era fazer uma exposição de peças antigas e uma peça teatral. A proposta feita a eles é que além dos textos, conversassem com os responsáveis para no próximo encontro, decidissem o que podia levar para exposição final.
Ao final foi feito uma dinâmica para descontraí-los, e melhorar a interação com o grupo. Interação essa que já era muito boa, o grupo era bem ativo e participativo, mesmo quem não trouxe a atividade participou dos debates.
Dia 10 de março de 2019- Mais uma vez o foco foi à produção textual, dessa vez todos os presentes no dia fizeram trouxeram os textos, mais uma vez debatemos em grupo. Em seguida sentamos individualmente e orientamos a escrita e estrutura da produção de cada um separadamente.
Posteriormente a orientação da produção dos textos, realizamos ensaio da peça teatral, que teve como base as próprias histórias das produções dos alunos. Representaram seus entrevistados e contaram a história como se fossem deles.
Para melhor aproveitamento, criamos um grupo em mídia social, para que o grupo pudesse melhor se articular tendo em vista que o próximo encontro seria o encerramento das oficinas, e socialização com os outros grupos.
Mais uma dinâmica foi realizada, e os ganhadores garantiram um prêmio para o próximo encontro.
 Dia 17 de março de 2019- Último dia de oficina, como o combinado com o grupo de mídia social, reunimos mais cedo, as últimas ressalvas sobre o texto foram feitas, assim como o último ensaio antes da apresentação.
Encerrada a socialização com os demais grupos, o grupo de memórias se reuniu e entregou aos alunos componentes do grupo, pequenas lembranças feitas especialmente para cada um deles, assim como a entrega do prêmio aos ganhadores do quebra gelo. Para confecção das lembrancinhas, dividimos o valor entre as três componentes do grupo, compramos pirulitos, caixa de bombom, diversos doces, embalagens e fitas para decorar. Levamos lanche também, pois a escola estava sem a merenda escolar.
O resultado final foi muito bom, tendo em vista que tivemos produções muito boas.
E os alunos participaram e desenvolveram as atividades propostas surpreendendo-nos com suas capacidades de desenvolvimento em tão pouco tempo.



Relato de oficina Gênero Crônica. Escola Est. Profa. Alcides Rodrigues Aires

Pibidianos: Clara, Patricia, Leandro e Mayara.

Em uma das reuniões semanais onde coordenadores, supervisores e pibidianos (os alunos que participam do projeto de iniciação à docência) se encontram, recebemos as orientações necessárias para iniciar as oficinas.
Nos foi apresentado o tema, sugerido pelas Olimpíadas de Língua Portuguesa, que é “O lugar onde vivo”, e foram sorteados os gêneros textuais que cada grupo trabalharia. O nosso gênero foi Crônica, a ser trabalhado no 8° e 9° ano.
A escolha, distribuição dos gêneros e a realização das oficinas teve como objetivo auxiliar os professores, ajudando-os a discutir sobre os gêneros textuais a serem trabalhados nas Olimpíadas de Língua Portuguesa, de acordo com o indicado para cada série.
Os coordenadores e supervisores situaram nós, pibidianos, ao gênero que trabalharíamos. Em reunião, pesquisamos (para relembrar) do que se tratava o gênero textual sorteado, e produzimos, em grupo, uma crônica sob orientação dos supervisores.
Feita a sequência didática em conjunto, partimos para a escola.
A escola onde trabalhamos é uma escola periférica, isso significa que os estudantes de lá não fazem parte da “alta sociedade”. Uma escola bem aconchegante, cheia de lindas árvores e flores. Tem ótimos e prestativos professores e demais funcionários. Funciona em turno diurno e conta com a Educação para Jovens e Adultos, e também com o programa Mais Educação. O slogan da instituição é “Educação de qualidade para todos”. Posso dizer que é o que eles realmente ofertam, com a ajuda de todos os funcionários e da comunidade.
No dia 27/03, o primeiro de quatro encontros, chegamos na sala, e o objetivo daquele encontro era apresentar (ou reapresentar) a Crônica para os alunos. Esperamos 10 minutos para eles chegarem. Chegou menos do que o esperado para participar da oficina. Nos apresentamos, falamos o que faríamos ali, os deixamos apresentarem-se e testamos o conhecimento prévio deles sobre o assunto a ser trabalhado perguntando se eles já tinham ouvido falar, o que achavam que era, do que se tratava, etc. Nós, pibidianos, estávamos muito nervosos, pois não tínhamos tanto conhecimento sobre o gênero (não tanto quanto um professor), e isso nos deixava um pouco inseguros.
Falamos o que era, contamos toda a história de origem, quais eram as características, os tipos de crônica, para quê servia, apresentamos alguns nomes de cronistas nacionais e regionais, apresentamos o tema que seria trabalhado, que, reforçando, era “o lugar onde vivo”, e levamos uma crônica de Luís Fernando Veríssimo para ilustrar o que havíamos falado. No início eles não estavam entendendo muito bem o que estávamos falando. Então, tivemos que fugir um pouco da nossa sequência didática e propomos, nós mesmos juntamente com os alunos, fazer uma crônica sobre o tema em questão. Nos sentamos em círculo e cada aluno falou alguma pequena narração que gostariam que tivesse na crônica enquanto um pibidiano ficou responsável por escrevê-la. Ao final, a crônica ficou ótima e muito engraçada! Todos os alunos ficaram muito orgulhosos e mais interessados no gênero. Demos muitas gargalhadas enquanto estávamos produzindo, todos estavam participando, inclusive eles, os próprios alunos, sugeriram que fizéssemos uma confraternização na oficina seguinte onde nós levaríamos o refrigerante e eles ficariam responsáveis pelos salgados, isso foi algo inesperado para nós. Mas concordamos, claro, e combinamos. E lá se foram 3 horas de oficina. Esse foi apenas o primeiro dia. O início da nossa aventura.


No dia 03/04, retomamos para realizar a segunda oficina, cada oficina tinha duração de 3 horas. Começamos com uma dinâmica de quebra gelo para despertar a turma, essa era a dinâmica do 1 2 3. Formamos duplas e com isso os alunos recebiam um comando dado por um dos acadêmicos de letras, eles teriam que seguir cada comando, trabalhado o raciocínio lógico e a interação entre alunos. Desde o primeiro dia fomos bem acolhidos pelos alunos, sempre nos chamou de professores e isso nos ajudou muito a ter confiança para ministrar a oficina. No início foi difícil, mas conseguimos nos acalmar com a ajuda deles.

 
  
Logo após, recapitulamos o conteúdo de Crônica, percebemos que havia uma aluna nova que precisava ser atualizada sobre o conteúdo, ela foi muito prestativa à oficina. Respondemos algumas dúvidas pendentes ao conteúdo. Levamos uma atividade para fixar o conteúdo, o coordenador Jonnes nos deu total suporte na impressão do material e no espaço que ocupamos na escola. Demos alguns minutos para cada um responder sua atividade e em seguida, fizemos a correção compartilhada. Antes de terminarmos a oficina pedimos para os alunos trazer uma história de Porto Nacional, algo que eles quisessem escrever em suas crônicas e que já começassem suas produções.
Em seguida terminamos nossa oficina com uma confraternização dos pibidianos e alunos.
  
No dia 10/04, foi ministrada a terceira oficina com os alunos. Como havíamos pedido para que cada aluno trouxesse uma história do lugar onde vivo para as produções de suas crônicas, alguns trouxerem já outros não. E ali tivemos que resgatar memórias de Porto Nacional para debatermos e para as produções. Cada ministrante da oficina sentou-se com um aluno para auxiliá-los em suas produções. Fiquem com uma aluna que infelizmente não tinha feito sua pesquisa de campo, então perguntamos o que mais atraia na cidade. Ela sentia uma grande admiração pelo Colégio Sagrado Coração de Jesus, assim sendo iniciamos uma pesquisa sobre o colégio, ela se encantou com as histórias que descobrimos, e dali surgiu uma ótima crônica. Assim seguiu as produções dos alunos. Em seguida, com todas já concluído suas crônicas fizemos uma pequena socialização para cada um contar sua história. Para finalizar a terceira oficina, fizemos outra dinâmica para explorar suas emoções e nos conhecer melhor, ficamos juntos por quatro semanas e acabamos tenho um vínculo positivo de professor e aluno.

Dia 17/04 foi realizado uma pequena culminância das crônica e dos outros gêneros textuais trabalhados em outras turmas, produzidos pelos alunos. Eles reescreveram, e fomos para o auditório da escola para eles realizarem uma bela apresentação para os outros alunos. Os alunos gostaram muito, foi uma experiência maravilhosa. Puderam conhecer histórias de antigamente contadas por seus pais e avós e obtiveram um melhor conhecimento sobre o gênero. Foi uma experiência linda que nós pibidianos tivemos, por eles terem gostado de participar dessa bela oficina de Crônica.