domingo, 10 de fevereiro de 2019

Relatório de prática com o gênero crônica


                
        Os sonhos se transformam em realidade quando acreditamos e lutamos por eles

Não foi a primeira vez que me vi diante do desafio de trabalhar com as Olimpíadas de Língua Portuguesa, especificamente com o gênero crônica, pois já havia desenvolvido o trabalho com os gêneros propostos pelas Olimpíadas na edição anterior e coincidentemente com a mesma turma. Quando a coordenadora pedagógica divulgou o cronograma das Olimpíadas e me apresentou o material a ser trabalhado com os alunos, dei uma rápida olhada no material e pensei: mais um desafio a ser transposto, mas espera um pouco! O que não é um desafio no exercício da docência?
Contagiar e envolver os alunos nesse processo não deveria ser uma tarefa árdua, pensei: são adolescentes curiosos, criativos, mentes dinâmicas, a tarefa agora era como introduzir o conteúdo de forma criativa, necessitava de uma grande familiaridade entre o autor e a língua.
Com esse foco, apanhei tudo o que tinha sobre o gênero, peguei o computador, pois sentia a necessidade de me reciclar,  buscar novos conceitos incorporados há anos em minha prática, pois bem, passei dias e horas  a fio lendo e analisando, primeiramente o material das Olimpíadas e posteriormente outros materiais, também me deliciei com algumas crônicas que me oportunizaram delinear uma linha tênue entre realidade e ficção: ‘’Se é um gênero que usa lentes de aumento nos fatos do cotidiano’’, ora o que mais temos no nosso dia a dia são fatos inspiradores, pois constantemente os alunos chegam para me contar fatos do seu dia a dia, mas como  inspirá-los a ir além do observável, transpor os limites do real para chegar ao ideal da linguagem da crônica, ‘’torná-los cronistas’’.
Era chegado o dia de trabalhar com o material na turma do 9º Ano. Parti primeiramente do conhecimento prévio dos alunos, para após, construir o novo, iniciei lendo uma crônica cujo título era: ‘’Criança trocada por casa é apresentada no PR’’, no decorrer da leitura percebia alguns olhares inquietantes, mas prosseguia, ao termino da leitura interrogue-os se haviam gostado, uma aluna com ar inquietante questionou que o texto analisado tinha as características de uma notícia, contudo apresentava humor, uma linguagem corriqueira o que gerou dúvida e muitas discussões em sala de aula. Diante dos questionamentos instiguei-os: “vocês se lembram do que estudamos a respeito da Crônica? Conseguia perceber no olhar dos alunos que buscavam pela resposta. Depois de longos segundos de silêncio, as ideias chegam, à principio um pouco tímidas, logo em seguida, um vendaval. Naquele momento me sentia realizada, pois à medida que identificavam as características da crônica diferenciava-a da notícia.
Depois desse momento, conversei com eles sobre A olimpíada de Língua Portuguesa; alguns perguntaram: é obrigado participar? Disse que não, mas perderiam uma ótima oportunidade de demonstrar o talento que acreditava que cada um tinha, com isso consegui a adesão da maioria dos alunos, logo alguns recordaram já ter participado no 7º ano, mas com o gênero Memórias Literárias, convidei-os a participar novamente, só que agora com o gênero Crônica. ‘’E aí prontos para o desafio, quando mal sabiam eles que o desafio  era bem mais meu do que deles’’. Convite aceito.
No dia seguinte bem mais entusiasmada e confiante, além dos textos recomendados, preparei cópia de outras crônicas e levei para a sala de aula, pedi para que fizessem grupos e distribui o material de modo que cada aluno ficasse com umas das crônicas: A última crônica (Fernando Sabino), Cobrança (Moacir Scliar), Peladas (Armando Nogueira), O homem Nu (Fernando Sabino) Dois amigos e um chato (Stanislaw P. Preta), Cem cruzeiros a mais (Fernando  Sabino), pois a intenção inicialmente era analisar a estrutura do texto: a coesão entre os parágrafos e sua extensão.
 Já com relação ao enredo, analisamos os fatos e como eram arquitetados. Onde estava o humor, o inusitado, a leveza, a reflexão? Realidade ou ficção? Embora a leitura tenha sido muito enriquecedora e prazerosa, a dúvida sobre o que é uma crônica permanecia e já concordávamos com Humberto Werneck, em entrevista à Revista Na Ponta do Lápis nº 20: ‘’é mais fácil definir a crônica pelo que ela não é’’.
Finalizado esse trabalho era a hora de oportunizar o entrosamento com o tema ‘’O lugar onde vivo’’, distribui a cada um uma noticia e imagem de lugares considerados importantes para a história da Cidade de Porto Nacional - TO, como: A Igreja Catedral,O Colégio Sagrado Coração de Jesus,Colégio Estadual Drº Pedro Ludovico Teixeira, Praia de Porto Real e Interporto Futebol Clube. Pedi que antes de ’’ suarem a camisa’’ que analisassem atentamente cada imagem e pensassem sobre o texto que produziriam e todos os elementos estudados.
Passeando pela sala conseguia perceber a empolgação, inquietação, nervosismo que tomava conta dos alunos, observava que tinham muito a dizer, mas a linguagem (vocabulário) ainda era deficitária mais pareciam relatos, entretanto alguns alunos já conseguiam de forma bem rudimentar questionar a linguagem apesar de não saber como usá-la ainda, aos poucos as produções foram sendo finalizadas e entregues. Analisei cada texto produzido e constatei o que já havia observado em sala ainda não eram crônicas, em muitos textos até foi possível identificar alguns dos elementos de uma narrativa como o conflito e o clímax, mas ainda tínhamos um longo caminho a percorrer. Devolvi com alguns comentários, pois aguardavam ansiosos pelas minhas impressões. Pedi para que guardassem as crônicas, pois não íamos trabalhar a reescrita ainda.
Planejei aulas de leitura, levei-os a biblioteca para terem acesso a Coleção Para Gostar de Ler, da Editora Ática e também o livro ‘’As cem melhores crônicas brasileiras’’, seleção de Joaquim Ferreira dos Santos. Antes de iniciarmos nossa oficina, Questionei-me em como trabalhar com eles a reescrita de forma coletiva, então escolhi um dos textos sem identificar seu autor passei para o computador para usá-lo no projetor multimídia, e sugeri que fizéssemos juntos a reescrita do texto, deixei que eles lessem o texto e em seguida li também e aos poucos fomos tecendo o texto e dando forma de crônica .
Era chegada à hora de reescreverem a última versão de seus textos, pedi que eles retomassem seus textos, apesar de todo o trabalho nem todos se sentiam preparados. Como ter alma de cronista? Como transformar algo aparentemente simples em especial? Tais perguntas floriam suas ‘’cabecinhas’’, mas não tinha mais como recuar, pois já tinham evoluído muito e precisavam por em pratica os conhecimentos adquiridos, porém já concordavam que a escrita exige pratica e que só se aprende a escrever escrevendo.
Textos finalizados e enviados à Comissão Julgadora Escolar e a certeza de dever cumprido. Cada etapa em que o texto de nossa escola era selecionado, crescia a ansiedade e emoção, pois lembrávamos de todo o caminho percorrido até aqui. Mas com a certeza de que: ’’Tudo pode ser, se quiser será os sonhos sempre vem pra quem sonhar, Tudo pode ser, só basta acreditar e buscá-los’’.

Professora: Vera Lúcia Moreira Gonçalves
Colégio Estadual Dr Pedro Ludovico Teixeira    -    Porto Nacional- TO, 2014

Desenvolvimento das oficinas sobre SD - parte 2

Oficina 4. A Importância da construção do texto coletivo(tempo previsto: 60’)

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Etapa 1 (tempo previsto: 25’)
Inicie a conversa contando aos participantes que boa parte dos professores ainda hesita em elaborar um texto coletivo com seus alunos por considerar essa proposta uma tarefa muito complexa. No entanto, sabemos que essa etapa da seqüência didática é fundamental para ensinar qualquer gênero textual. Assim, propomos nesta oficina uma reflexão mais detalhada sobre a produção coletiva de um texto.
Para conhecer a experiência deles nesse procedimento, lance perguntas para o grupo: vocês costumam construir textos coletivos com seus alunos? Com quais objetivos? Que estratégias utilizam? Que dificuldades essa atividade traz?
Para facilitar a discussão, à medida que os participantes vão apresentando as informações, organize-as em um quadro e, em seguida, analise os registros com o grupo.

ObjetivosEstratégiasDificuldades
                    

Etapa 2 (tempo previsto: 15’)A produção coletiva de um texto exige que o professor tenha não apenas o domínio da classe, mas, também, clareza da situação de comunicação e conhecimento do gênero em questão. Na tentativa de ajudá-los nessa tarefa, propomos a leitura do texto a seguir.

A construção do texto coletivo

A elaboração do texto coletivo pela turma, com auxílio do professor, é uma importante etapa da seqüência didática no ensino de gêneros textuais. É nessa atividade que a turma organiza a síntese do aprendido nas oficinas anteriores, o que possibilita a cada aluno um avanço pessoal e particular no grau de aprendizagem realizado. Isto quer dizer que, ainda que eles estejam em diferentes momentos do domínio do conteúdo ensinado, a elaboração da síntese favorece a organização do que já foi aprendido e aponta os novos desafios.
Esse trabalho atua na zona proximal do desenvolvimento cognitivo dos alunos, e a troca de informações entre estudantes de uma mesma turma permite que os colegas que estão em uma etapa mais avançada do conhecimento auxiliem o processo de aprendizagem dos demais e o seu próprio, pois aquele que ensina também aprende.
A produção coletiva deve privilegiar a negociação entre professores e alunos e entre os próprios alunos. Trata-se da negociação sobre o que deve ser escrito, em que ordem deve ser escrito e como deve ser escrito, na produção textual que se instaura a capacidade de autoria. Aparecem diferentes pontos de vista e os alunos podem compreender que há vários modos de “acertar o tom” do texto e escolher o seu modo próprio de escrever.
Para que o trabalho dê o resultado esperado, é preciso que ocorra de forma organizada, evitando a dispersão, comum em atividades mais longas. Por isso, o professor deve preparar-se para usar estratégias que mantenham a classe atenta por mais tempo. Se o professor tem aulas com duração menor do que uma hora, pode dividir esse trabalho em dois dias. Vale destacar que o professor não é o autor do texto, nem um mero “escriba”, aquele que se limita a transcrever a fala dos alunos. Ele pode e deve contribuir, questionando e dando orientações.

DICAS

Antes de iniciar a escrita do texto:
- explique aos alunos a importância da escrita do texto coletivo;
- recupere com eles a situação de comunicação e o roteiro dos aspectos próprios do gênero;
- incentive a participação da turma por meio de perguntas;

Durante a escrita do texto:
- converse sobre o tema/assunto que será escrito;
- decida com o grupo a melhor forma de iniciar o texto;
- ouça as propostas dos alunos e ajude-os a transformar as idéias apresentadas (oralidade) em discurso escrito;
- antes de escrever cada um dos parágrafos, releia o anterior com o grupo para ver se os parágrafos estão encadeados e faça as alterações necessárias;
- prossiga o texto de modo que a organização da seqüência de parágrafos não perca a unidade, a coesão e a coerência;
- fique atento ao uso correto da pontuação;
- escolha, com a turma, um título sugestivo para o texto;
- ao final, transcreva o texto coletivo em papel pardo e combine com o grupo que ele será revisado e aprimorado posteriormente.
versão para impressão

Etapa 3 (tempo previsto: 20’)
Após a leitura socialize as impressões e reflexões. Retome então o quadro que montaram no início da oficina, perguntando:
O que mais chamou sua atenção na leitura do texto?
Que mudanças fariam em suas conclusões?
O texto deu pistas e indícios para contornar algumas das dificuldades levantadas?
A leitura do texto ajudou a pensar em novas estratégias para fazer uma produção coletiva com os alunos?
Zona Proximal de Desenvolvimento
A expressão zona proximal foi criada por Vygotsky, para designar, na evolução cognitiva das pessoas, as aprendizagens que elas conseguem realizar com auxílio de parceiros mais experientes no conteúdo a ser aprendido. Ela antecede a zona real do conhecimento apropriado, quando o aprendiz pode realizar a tarefa proposta sem ajuda. No caso da seqüência didática, o momento da elaboração do texto individual, que revela a zona real de conhecimento do aluno, deve ser antecedido pela produção coletiva, um trabalho na zona proximal do conhecimento.
Para saber mais
sobre Lev S. Vygotsky (1896-1934)

Oficina 5. Revisar o dito e o escrito (tempo previsto: 60’)

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Etapa 1 (tempo previsto: 10’)Inicie a oficina retomando com os participantes o percurso percorrido em uma seqüência didática, desde a primeira produção até chegar ao texto final. Destaque a importância da atuação do professor na revisão e aprimoramento do texto.

O professor tem um papel fundamental no processo de revisão e aprimoramento do texto. É ele quem faz a mediação, lançando perguntas, dando dicas, instigando o aluno a pensar sobre a própria produção. Deve ainda ajudar o aluno a voltar ao texto, dialogar com ele e encontrar novas possibilidades para melhorar aspectos de sua produção; refletir sobre o que é preciso acrescentar, retirar, organizar, reescrever.
Nesse processo, no entanto, o professor não deve confundir a ajuda, que é seu papel dar, com uma interferência excessiva na produção do aluno. É preciso preservar a autoria do texto. Inicie o trabalho de aprimoramento do texto retomando a situação de comunicação:
- O que quero dizer?
- Como posso dizer?
- Com que finalidade?
- Para quem ler?
- Onde será publicado?

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Etapa 2 (tempo previsto: 25’)Organize os participantes em pequenos grupos. Entregue a cada grupo três textos, pedindo que leiam, comentem e identifiquem qual a produção que está mais próxima do gênero textual reportagem turística. Após a escolha, oriente os professores para uma análise mais detalhada do texto selecionado. Peça que façam perguntas, indicações por escrito – para orientar o aprimoramento da produção. Por exemplo: Que informações podemos acrescentar para que o texto fique mais atrativo para o leitor?

Etapa 3 (tempo previsto: 25’)Retome com os participantes o fato de que a maioria dos alunos não tem familiaridade com a tarefa de revisar o próprio texto. Portanto é preciso ensiná-los a identificar aspectos que precisam ser modificados e explicar qual a melhor forma de fazê-lo. É o trabalho contínuo do professor que vai ajudá-los a vencer esse desafio.
Peça que os participantes comparem as indicações elaboradas em grupo com o Roteiro de revisão e aprimoramento, verificando pontos em comum.
Lembre ao grupo de que existem várias possibilidades de aperfeiçoar a escrita e de deixá-la mais adequada ao gênero reportagem turística. Veja abaixo e apresente a sugestão de texto aprimorado por um professor.
Dica - Coloque o mouse em cima do link/números e aparecerão observações sobre o texto

Texto 1 - O lugar onde vivo Vivo num lugar muito gostoso, uma chácara chamada Pedacinho de chão.
Preciso acordar todos os dias as cinco e vinte para pedalar até a escola, pois a minha chácara fica cinco quilômetros longe da escola.
Faço esse percurso todos os dias sem me cansar e no caminho de casa passo na casa da minha avó, pra ver como ela está. Chegando em casa vou tratar dos porcos e das galinhas, cortar cana para as vacas, apartar os bezerros junto com meu pai. Trato dos cachorros e dou água para o cabrito.
Na minha chácara tem muitos pés de frutos e muitos lugares para brincar.
No domingo é dia de passear, vamos à igreja, na casa dos meus tios e avós de carroça com minha mulinha Princesa.
Sou Luiza Maria, tenho dez anos e sou feliz no lugar onde moro.
Cerejeiras, lugar pequeno, localizado aproximadamente a 800 km da capital Porto Velho. Cidade de povo alegre, tranqüilo, que passam domingos e feriados nos balneários da cidade, divertindo sem violência. (1)

Texto 2 - Rio Doce Vivo na cidade de Rio Doce.
O município tem uma área de 43,77 km2 (Fonte: IBGE). Rio Doce é uma alternativa para as pessoas que buscam ficar próximo a Porto Alegre-RS. A cidade fica situada em um ponto estratégico na região metropolitana do Estado.
A origem de seu nome deve-se a existência de uma pequena queda d'água que havia próximo a um quilômetro acima da ponte sobre o rio Itaí, que impedia a navegação, principalmente na época da estiagem. Rio Doce foi emancipada em 15 de maio de 1966. Em 1970, a economia do município diversificou-se e tomou impulso com a instalação de um distrito industrial que gerou um conseqüente surto migratório de catarinenses, vindos da parte norte do Estado.
Posteriormente, também migrantes de outras regiões do estado adotaram a cidade.
A história de Rio Doce compreende a ocupação de áreas de cultivo de hortifrutigranjeiros, criação de gado e uma produção voltada para a atividade leiteira, levando o município a ser reconhecido como "Cidade do Doce de Leite".
Atualmente, Rio Doce conta com um intenso comércio, e um potencial industrial cada vez maior. Estão sendo investidos todos os esforços em saneamento básico do município e na iluminação pública, no que dará maior segurança para a população. Rio Doce tem uma identidade cultural expressa no seu patrimônio arquitetônico e na produção artístico-musical.
Rio Doce espera você!(1)

Texto 3 - São Leopoldo (1) A cidade de São Leopoldo situa-se na região da Encosta Inferior do Nordeste do Rio Grande do Sul. Faz parte da Grande Porto Alegre.(2)
São Leopoldo foi a primeira cidade fundada pelos alemães no Estado do Rio Grande do Sul, no século passado, por isso, é denominada o "Berço da Colonização Alemã". A primeira leva de alemães chegou em 25 de julho de 1824, homenageando o santo padroeiro da Imperatriz Leopoldina.(3)
São Leopoldo é um município essencialmente urbano e possui indicadores de qualidade de vida que o colocam entre os municípios mais desenvolvidos do país. Sua economia é bastante variada, subdividida no comércio, na indústria metal–mecânica , coureiro- calçadista, borracha, química e, mais recente, em informática, com lugar de destaque na economia gaúcha.(4)
Em São Leopoldo há muitas atrações turísticas. O Museu do Trem, localizado na antiga estação ferroviária de São Leopoldo e primeira estação construída no Rio Grande do Sul. Exibe peças antigas dos trens.
Outro museu histórico interessante é o de Visconde de São Leopoldo que foi fundado em 1959 e possui acervo histórico com mais de mil peças e biblioteca com oito mil volumes que falam sobre história, geografia, artes, folclore e tradição do RS e imigração alemã. Tem também revistas, postais, partituras musicais, fotos e discos de antigas famílias da região e interior, expostos a permanente visitação pública de estudiosos, pesquisadores e turistas.
Na casa da Feitoria, construída em estilo alemão, você vai conhecer os móveis, utensílios e vestuário utilizados pelos imigrantes alemães.(5)
O Barco Martin Pescador foi construído para ser uma sala de aula flutuante e atualmente quem faz um passeio no Rio dos Sinos. Nele também se aprende formas de preservar o meio ambiente.
O Santuário Sagrado Coração de Jesus, conhecida como Padre Réu, é um lugar onde se pode conversar com Deus. Atualmente, São Leopoldo é conhecida principalmente pela sua noite, que conta com diversos s bares, lanchonetes, lojas e muitas outras diversões noturnas que atraem um grande público, tanto da própria cidade quanto das cidades vizinhas.
No mês de julho a cidade comemora sua fundação com a São Leopoldo Fest.
Se você mora em outro estado vá para Porto Alegre, de lá pegue um trem, ônibus ou táxi. Você chegará aqui em São Leopoldo facilmente. Você poderá conhecer coisas novas! (6)
clique aqui e veja o texto aprimorado

Oficina 6. O caminho das pedras
(tempo previsto: 60’)

 
Etapa 1 (tempo previsto: 20’)Organize os participantes em duplas.
Distribua o tabuleiro e a folha com os cartões. Peça que recortem os cartões. Proponha que uma das pessoas ordene os cartões com os títulos e a outra, os cartões com as definições. A seguir, elas devem parear os grupos de cartões, conferir a seqüência didática e colocá-la sobre o percurso.
Clique aqui e verifique se as etapas estão ordenadas adequadamente. Depois de conferido, peça que colem os cartões no tabuleiro

Etapa 2 (tempo previsto: 20’)
Veja se não há dúvidas sobre o porquê e como organizar um conjunto de atividades articuladas entre si, para ensinar um gênero textual. Converse com o grupo sobre cada passo da seqüência didática. Clique aqui.

Etapa 3 (tempo previsto: 20’)
Após esclarecer todas as dúvidas sobre a seqüência didática, lembre aos participantes que dispomos - para estudo e organização do trabalho com produção textual - de um conjunto de oficinas de três gêneros textuais: Memórias literárias, Artigo de Opinião e Poesia, no Kit Itaú de Criação de Texto. Estimule o grupo a pensar sobre um gênero que ainda não trabalharam com seus alunos e que gostariam de trabalhar. Liste as indicações apresentadas. Negocie com os participantes a escolha de um gênero. Em seguida, convide o grupo a planejar um conjunto bem articulado de atividades para ensinar esse gênero textual etapa por etapa, ou seja, uma seqüência didática que dê conta de ensiná-lo.

Por Vera Lúcia a partir

Desenvolvimentos das oficinas sobre SD

Oficina 1. A produção textual em sala de aula
(tempo previsto: 60’)

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Etapa 1 (tempo previsto: 10’)
Convide os participantes a voltarem ao tempo de escola e relembrarem uma experiência interessante que tiveram com produção de texto. Anime-os a pensar nas várias situações que envolveram esse momento significativo: quem era o professor? Como ele interagia com os alunos (elogiava, ajudava, sentava junto, ou mantinha-se distante). Que atividades costumava propor para a turma escrever? Peça que cada um faça um desenho que represente essa cena.
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Etapa 2 (tempo previsto: 20’)
Convide os participantes a compartilhar as lembranças. Inicialmente, peça que observem os desenhos uns dos outros. Incentive-os, então, a procurar os colegas que fizeram desenhos com os quais se identifiquem ou que têm alguma semelhança com a sua representação. Oriente para que formem pequenos grupos e conversem sobre o que os desenhos revelam. Pergunte se podem identificar quais concepções de ensino da escrita estão por trás das práticas que recordaram. Veja exemplo.

Lembrete importante
Observe se as representações apresentadas revelam que os alunos escreviam a partir de um título, um tema, uma imagem, sem atividades prévias para se iniciar o trabalho de produção, ou seja, se a proposta de escrita era apenas um motivo para a produção de gêneros escolares, como o relato de fim de semana, relato de passeio, resumo de aula e outros voltados para o treino de gramática e ortografia. Outro aspecto a considerar na reflexão que fizer com os professores é se as propostas de escrita tinham vinculação com outros gêneros discursivos, não escolares. Aqui é importante considerar que a escola faz parte da sociedade e tem uma clara função de organizar o conhecimento que circula fora dela. Portanto, os gêneros que a escola produz são sociais, circulam socialmente, já que ela é um espaço social. Neste momento, é importante distinguir os gêneros escolares dos não escolares, como os literários, os jornalísticos, os científicos, os instrutivos, etc. Por exemplo, havia alguma proposta de escrita que aproximasse os alunos de situações de produção de gêneros não escolares, como quadrinhas, ou crônicas, ou verbetes de enciclopédia? Verifique também se há representações em que a escrita é vista como trabalho, que envolve um fazer e refazer, ou se a escrita tem uso e função social, estabelece interlocução entre autor e leitor (motivo que ele tem para escrever, para quem ele vai escrever, onde seu texto será lido e o gênero que utilizará na escrita do texto).
Incentive ainda que os participantes relembrem as sensações, emoções (medo, alegria, ansiedade, insegurança etc) vividas durante o processo de elaboração do texto e se esses sentimentos interferiram na interação com o professor e no desempenho da escrita.

Após a reflexão, cada grupo elege um orador para socializar suas conclusões. Para facilitar as discussões, anote as observações dos grupos. Monte um varal ou um painel com os desenhos.
Etapa 3 (tempo previsto: 15’)

Proponha ao grupo outras questões para reflexão:
De que maneira as práticas relembradas contribuíram para o desenvolvimento da escrita?
Elas ainda estão presentes em sala de aula?
Hoje, como são as práticas de produção textual?

O importante é que, além de trocar as experiências, os participantes percebam que existe uma concepção de ensino aprendizagem por trás de toda prática de sala de aula. Incentive-os a identificar quais eram as concepções de ensino da escrita que estavam por trás dos procedimentos metodológicos adotados nas experiências lembradas e a compará-las com as práticas atuais. Ao final da discussão, organize uma síntese conjunta das principais conclusões.
Etapa 4 (tempo previsto: 15’)
A partir das conclusões, peça que o grupo observe se em alguma prática apresentada foi possível perceber que o professor se preocupava em definir claramente para seus alunos a situação de comunicação: escrever com uma intenção, para alguém ler, escolhendo o gênero mais adequado para este objetivo e o local onde vai circular.
À medida que as práticas vão sendo apresentadas, ajude-os a refletir se essas representações estão mais próximas ou mais distantes da proposta com gêneros textuais desenvolvidas nos fascículos do Kit Itaú de Criação de Texto.
Aproveite o texto Propostas de ensino de leitura e escrita no Escrevendo - Buscando contribuir para superação das dificuldades dos estudantes brasileiros, de Heloisa Amaral, publicado em 14 de fevereiro de 2007 na Comunidade Virtual.

A importância de superar antigas concepções
A escolha da abordagem de ensino de língua por meio de gêneros textuais não foi aleatória. As referências mais atuais sobre um ensino eficaz de Língua Portuguesa, entre elas os Parâmetros Curriculares Nacionais produzidos pelo MEC, recomendam que o aluno trabalhe na escola com uma ampla diversidade de gêneros de textos, literários e não literários, orais e escritos, e que leia, discuta e escreva com finalidades definidas, para ouvintes e leitores de dentro e de fora da escola que, de alguma forma, dêem uma resposta ao que ele escreveu.
Assim, em vez de fazer as tradicionais redações sobre as férias ou o fim de semana que apenas o professor vai ler, a produção escrita dos alunos pode ser orientada para, por exemplo, ser uma carta de solicitação pedindo à diretora da escola a liberação do uso da quadra aos domingos, ou a preparação de cartazes para uma campanha de saúde que tenha como finalidade mobilizar a comunidade, ou a escrita de poemas para serem lidos num sarau da igreja.
Os textos produzidos nessas condições ficam muito mais significativos do que aqueles feitos para a troca exclusiva com o professor, para obtenção de uma nota. Com a perspectiva de comunicação mais ampla e objetiva, os textos dos alunos deixam de ser uma escrita tipicamente escolar e passam a ser uma escrita produzida na escola, mas com significado extra-escolar, tanto para quem escreve como para quem lê.
Para finalizar, faça uma leitura conjunta do texto a seguir e promova a socialização das conclusões.
O que são gêneros textuais?
Nos últimos anos, a expressão “gêneros de texto” tornou-se comum, mas poucas vezes paramos para pensar no que ela significa. Como a palavra "gênero" significa "família, grupo", podemos dizer que gêneros textuais são “famílias”, grupos de textos, orais ou escritos, que têm origens próximas e são ligados entre si por pertencerem a uma mesma área de conhecimento e ocorrerem em situações de comunicação semelhantes.
Um exemplo que estamos falando é o jornal, que é uma área de produção de informações. Todos os gêneros produzidos nele são chamados de “gêneros jornalísticos” (notícias, editoriais, reportagens, por exemplo) e têm muitos aspectos em comum, determinados pela maneira como o conhecimento jornalístico é produzido e organizado. Outro dos inúmeros campos de conhecimento que produzem formas de linguagem próprias é o jurídico. Há um grande número de “gêneros jurídicos” como as leis, as petições, os contratos, os estatutos, por exemplo, todos carregando traços do trabalho e do conhecimento de juizes, promotores e advogados. Outros gêneros que podem ser agrupados numa mesma “família” são os literários, produzidos para o entretenimento e o deleite dos leitores por autores que são verdadeiros artistas. Entre eles estão os romances, os poemas, os contos, as narrativas policiais, as crônicas, etc.
Além desses campos de conhecimento mais formais, a cultura popular possui gêneros constituídos ao longo de séculos e transmitidos de boca em boca através das gerações familiares, como cantigas de ninar, de roda, contos, fábulas, lendas, advinhas e muitos outros. Como todas as formas de linguagem nascidas nas diferentes situações de comunicação são gêneros, podemos dizer que também são gêneros de texto as conversas familiares e as conversas de bar. Esses últimos são marcados pela informalidade das situações de comunicação em que são produzidos.
Finalizando, podemos dizer que são gêneros textuais todas as formas de linguagem produzidas em toda e qualquer situação de comunicação, que podem ser reconhecidas e utilizadas pelas pessoas que estão se comunicando por terem formas conhecidas. Ao contar uma piada, passar uma receita, dar uma instrução qualquer, já sabemos de antemão quais são as formas, as características do gênero que vamos usar. Quem conversa conosco, do mesmo modo, também reconhece os elementos do gênero que está sendo usado e ri da piada, anota a receita ou presta atenção às instruções. Os gêneros, por terem marcas reconhecidas pelas pessoas que se comunicam, são instrumentos que possibilitam o entendimento entre as pessoas.

Por que trabalhar com gêneros textuais?
Você viu, pelos exemplos acima, que são inúmeros os gêneros de texto que existem na língua. Podemos dizer que seu número é iinfinito, pois cada uma dessas formas de linguagem decorre das inúmeras e diferentes situações de comunicação (ou situações de produção de linguagem) que vivemos no cotidiano, sejam elas informais ou mais formais. Uma pessoa, por exemplo, no seu papel de mãe ou pai, pode, num dado momento, dar instruções a seus filhos. Logo em seguida, no seu papel de profissional, pode escrever um texto técnico para seu chefe. Mais tarde, essa mesma pessoa pode se tornar um leitor de jornal ou um telespectador, envolvido com o noticiário do dia ou com uma novela. Como as situações de comunicação mudam constantemente, uma mesma pessoa usa vários gêneros num só dia, porque muda de lugar social nas diferentes situações de produção de linguagem: ora ocupa o lugar de pai ou mãe, ora de profissional em seu trabalho, ora de pessoa que busca informações sobre o mundo em que vive, etc.
Podemos concluir que, como só nos comunicamos por meio de gêneros textuais, quanto mais gêneros dominarmos maior será nossa capacidade de comunicação, nosso desenvolvimento pessoal e nossa capacidade de exercer a cidadania.
Muitos dos gêneros que utilizamos são aprendidos informalmente nas relações sociais mais próximas. Outros, porém, exigem ensino sistematizado para serem aprendidos. A escola é responsável pelo ensino sistematizado de gêneros mais formais. No caso deste Prêmio, os gêneros formais propostos para este tipo de ensino são: artigo de opinião, memórias e poemas. (Fonte: Kit Itaú de Criação de Textos - Prêmio Escrevendo o Futuro- 3ª edição 2006 –Pp. 2 e 3)


Oficina 2. Por que trabalhar com sequência didática? (tempo previsto: 60')

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Etapa 1 - HQ (tempo previsto: 05’)
Apresentação do Clipe HQ – seqüência didática (clique sobre a animação acima).

Etapa 2 - Teste (tempo previsto: 15’)
Conte para os participantes que nesta etapa vamos refletir juntos sobre como organizar o ensino da produção de texto na perspectiva de gêneros. Convide-os a responderem um teste. Explique que a intenção não é verificar quem sabe mais ou menos, mas sim ativar os conhecimentos prévios sobre as etapas de uma seqüência didática. Ao final compare as respostas e apresente as alternativas corretas.

Etapa 3 - Questões em grupo (tempo previsto: 20’)
Convide os participantes a refletirem sobre a importância da seqüência didática para o trabalho com gêneros textuais. Para nortear a discussão, organize a turma em trios ou pequenos grupos e entregue a cada um deles uma questão para reflexão. Ao final, faça uma roda de conversa sobre as conclusões dos grupos.

Questões
1. O que são sequências didáticas?
2. As sequências didáticas são usadas somente para o ensino de Língua Portuguesa?
3. Por que usar sequências didáticas ao ensinar Língua Portuguesa?
4. O que é preciso para realizar sequências didáticas para os diferentes gêneros textuais?
5. Quais as etapas de realização e aplicação de uma seqüência didática de gêneros textuais
Etapa 4 - Leitura (tempo previsto: 20’)
Faça a leitura comentada do texto Seqüência didática e ensino de gêneros textuais. Em seguida, peça para cada grupo reler sua resposta, identificando o quanto ela se aproxima ou se distancia das idéias apresentadas no texto. Caso queiram, poderão completar suas respostas.



Oficina 3. O passo-a-passo da seqüência didática (tempo previsto: 60’)
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Leitura
Etapa 1 - Atividade de escuta (tempo previsto: 15’)
Inicie uma conversa contando aos participantes que, para aprofundar o conhecimento das etapas que compõem a seqüência didática, vamos analisar, nesta oficina, uma seqüência didática. Para exemplificar, selecionamos um gênero bastante conhecido, principalmente pelos viajantes: reportagem turística.
Lembrete Importante
Quando se pensa o ensino de qualquer gênero textual, é importante lembrar que o que se propõe é o ensino articulado de leitura, escrita e gramática desse gênero. Uma boa forma de ensinar gêneros textuais é organizar uma seqüência didática: um conjunto de atividades articuladas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo passo a passo. Veja exemplo
Nesta Sala do Professores não vamos desenvolver todas as etapas da seqüência didática. Nossa proposta é fazer uma reflexão mais detalhada de três etapas em uma seqüência didática: ampliação de repertório; produção de texto coletivo e revisão e aprimoramento de texto.
Vale lembrar que para o ensino de gênero textuais em sala de aula é importante que o professor desenvolva a seqüência didática na íntegra, sem pular nenhuma etapa.

Peça aos professores que pensem em um lugar pitoresco, atrativo, ou naquilo de que eles mais gostam na cidade em que vivem. Incentive-os a escrever uma frase ou um slogan interessante, que mobilize as pessoas a conhecerem esse local. Ao final, organize um painel com as frases, os slogans elaborados. Aproveite o painel para destacar quais os aspectos do lugar foram contemplados: atrações naturais (cachoeira, rio, praia, montanha, mata) ou culturais (museus, igrejas, monumentos, culinária, festas).
Etapa 2 (tempo previsto: 35’)
Divida os participantes em pequenos grupos. Convide-os a lerem o texto e identificarem as informações que aparecem na reportagem turística. Antes de iniciar a leitura, apresente quem é o autor e a situação de comunicação em que o texto foi escrito.

Texto escrito pela aluna Jéssica de Fátima Segatin, da 5ª série da EE Prof. Jethro Vaz de Toledo – Piracicaba/SP, vencedor da 1ª edição do Prêmio Escrevendo o Futuro em 2002, categoria “Reportagem”.

Pira, mistério, encanto e emoção (1)

Arco, Tarco, Verva é assim a linguagem dos “caipiracicabanos”, um povo chamado de caipira, mas que se orgulha disso e se diverte o tempo todo com as beldades de Piracicaba, que se situa a 152 km de São Paulo, pela via Anhanguera. (2)
Cidade quente, apropriada para você se deliciar com os encantos naturais do Parque do Mirante, um área ecológica, com vista privilegiada para o Véu da Noiva, o salto formado pelo rio, sendo atração permanente e onde os mais variados peixes param. O rio de Piracicaba já jorrou águas para fora (como diz a música). Também é ponto tradicional da festa do Divino e de campeonatos de bóias.
O Horto Florestal de Tupi é muito visitado, pela sua beleza ecológica.
O Engenho Central, um cartão-postal, era usado como usina de cana-de-açúcar; é sede da peça Paixão de Cristo, a Festa das Nações, o Salão Internacional de Humor e exposições diversas.(3)
Piracicaba se destaca pelas diversas universidades como Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), Esalq (Escola Superior Luiz de Queiroz) etc.
A cidade maravilhosa cultiva a cultura, tendo o Museu Prudente de Moraes, o Teatro Municipal, a Casa do Povoador, o Museu da Água e a Casa do Artesão, não deixe de visitá-los.
Para quem gosta de ficar nas nuvens, precisa ir ao Aeroclube, para praticar pára-quedismo, esportes radicais e participar de campeonato de balonismo. Já para quem gosta de “se ralar” em Pira tem lugar para manobras radicais com seu skate. (4)
Piracicaba, terra da pamonha, da pinguinha boa, do caldo de cana, das modas de viola, do peixe no tambor acompanhado de um delicioso cuscuz, variados restaurantes e choperias, pontos de encontro de galera que curte badalações e agitos, com músicas ao vivo e com mesas ao ar livre.
A rua do Porto oferece esportes e atividades de lazer como canoagem e pesca e, nos fins de semana, bibliotecas,ambulantes e contadores de histórias para divertir a garotada.
Há quem diga que a história da cidade é das boas! Piracicaba, que eu adoro (5) tanto,na língua indígena significa “lugar onde o peixe pára”. Fundada por Antonio Correa Barbosa que, ao chegar aqui, só avistou tribos indígenas nas margens do brilhante e encantador rio. Garanto que você vai ser atraído por ele.
Traga muitas e variadas roupas, porque você vai sair muito para curtir e se divertir. Reservas? Não se preocupe. Temos uma grande rede de hotéis (6), do popular aconchegante ao sofisticado.
Contamos com rico artesanato, espalhado pela cidade, enfeitando os lugares e trazendo a alegria, através de bonecos e pinturas.
Seja bem-vindo a Piracicaba! Aqui você vem encantado e sai maravilhado! (7)

Etapa 3 (tempo previsto: 20’)
Para favorecer a troca de idéias, convide os grupos a apresentarem suas conclusões. Ao final, clique nos espaços indicados na reportagem turística, para que eles confrontem com suas observações.

Para saber mais inicio3a.gif A produção de uma reportagem turística
A produção de uma reportagem turística supõe a existência de uma situação na qual estão envolvidos, pelo menos, um editor que publica uma revista especializada em turismo e quer vendê-la,um repórter cujo trabalho é viajar e obter dados sobre lugares interessantes, e um redator,que é aquele que transforma os dados recolhidos pelo repórter em um texto dirigido para leitores que desejam viajar e compram revistas desse gênero para obter informações. O redator quando escreve, usa uma linguagem coloquial, como se estivesse conversando com seu leitor. Busca cativar esse leitor para conhecer o lugar descrito na sua reportagem, de maneira agradável e convidativa.
A cada gênero trabalhado é preciso explorar bem sua situação de produção própria e suas características gerais. No caso da Reportagem de Turismo, sugerimos, para entusiasmar os alunos,a criação de uma situação de produção para a escrita do gênero, que reproduza um ambiente de redação de revista em sala de aula. Os alunos serão repórteres que recolherão as informações geográficas e históricas, farão entrevistas com moradores locais, e escreverão a reportagem turística que será publicada em uma revista de turismo.
É importante auxiliá-los a se colocarem no lugar de repórter, num faz-de-conta gostoso. Isso fará com que eles se distanciem de seu modo habitual de ver a cidade, e possam olhá-la com "um olhar estrangeiro", olhar de quem vê a cidade pela primeira vez e necessita descrevê-la para seus leitores.
Como repórteres, eles podem visitar alguns lugares de sua cidade, colher dados sobre ele e descrevê-los de forma tão agradável que atraia os leitores a visitarem esse lugar. O primeiro passo é providenciar informações claras sobre acesso ao local, hospedagem, clima, etc. Além disso, é preciso descrever as atrações locais indo além de uma enumeração das qualidades do lugar.
É necessário que eles dominem adjetivos próprios desse gênero, usem expressões típicas que os turistas costumam encontrar em reportagens do gênero, empreguem uma linguagem coloquial, usando muitas vezes o pronome você, para construir um tom de intimidade com o leitor, colocar os verbos no presente, para dar a sensação de atualidade que o gênero precisa ter, utilizar persuasão em frases do tipo "Você não pode perder esse passeio", ou "O que está esperando para fazer as malas?"
Kit Itaú de Criação -Viagem pelas palavras – Reportagem / 2002.
Leia outras reportagens turísticas acessando os sites/páginas:
Visitante descobre aos poucos região de Ibitipoca, em Minas
Atibaia - Dicas de Viagem
Revista Turismo


Estudando Sequência Didática

Sequência Didática
Objetivo: Possibilitar que os participantes do grupo reflitam sobre o que são sequências didáticas, por que e como usá-las no ensino de gêneros textuais em sala de aula.
OFICINAS
OBJETIVOS
TEMPO
PREVISTO
1. A produção textual em sala de aula
  • Mapear como o professor trabalha com produção textual em sala de aula;
  • Possibilitar que o professor reflita sobre a proposta de trabalho;
  • Refletir sobre a concepção de ensino que está por trás dos procedimentos metodológicos adotados.
1h
2. Por que trabalhar com seqüência didática?
  • Ativar o conhecimento prévio sobre seqüência didática;
  • Pensar sobre como e por que trabalhar com seqüência didática.
1h
3. O passo- a- passo da seqüência didática.
  • Conhecer os objetivos de cada etapa da seqüência didática;
  • Familiarizar-se com o gênero reportagem turística;
  • Identificar os elementos característicos de uma reportagem turística.
1h
4. A importância da construção de texto coletivo
  • Refletir sobre como elaborar um texto coletivo, incorporando a ele os recursos aprendidos no transcorrer das atividades da seqüência didática.
1h
5. Revisar o dito e o escrito
  • Revisar o texto, identificando os aspectos que podem ser aprimorados.
1h
6. O caminho das pedras
  • Retomar as etapas da seqüência didática;
  • Incentivar o planejamento de uma seqüência didática.
1h
Tempo total previsto
6h

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Crônica semifinalista das Olimpíadas de Língua Portuguesa de 2014. GÊNERO CRÔNICA


OLP Escrevendo o Futuro                                      Crônica – Texto número : 284.226
Categoria: Crônica
Número: 284.226
Aluno: Beatriz Tavares Costa
Professor: Vera Lúcia Moreira Gonçalves
Escola: COLÉGIO ESTADUAL DR. PEDRO LUDOVICO TEIXEIRA – Porto Nacional/TO
Titulo: Vitória suada.

Quinta –feira, 15h10min, Estádio General Sampaio , em Porto Nacional, encontrava –se lotado de torcedores fanáticos que esperavam a grande final do campeonato de futebol tocantinense, a disputa era entre Interporto e Palmeirópolis.
Naquele dia insuportavelmente quente, o clarão do sol refletia na bola, ali preparada para percorrer a imensidão do gramado verde na grande final que aconteceria às 15h30min.
O árbitro apita, sinalizando o inicio do jogo e entre lançamentos altos e chutes explosivos a bola sobre pressão corria ruma à rede que com o impacto dançava juntamente com a comemoração dos torcedores, abrindo o placar para o Interporto. Mas, após alguns minutos, num lance formidável, um jogador do Palmeirópolis dribla o goleiro e faz o gol de empate. O primeiro tempo termina com jogadores e torcedores muito tensos.
No inicio do segundo tempo, encontrava-se os dois times suando a camisa e dando o sangue em busca do desempate. Nas arquibancadas percebia-se olhares vibrantes, silêncio inquietante por parte dos torcedores, aqueles minutos pareciam intermináveis.
Enquanto isso lá fora, em frente à  padaria do seu José, um bando de pombos, atraídos pelas migalhas de bolos  e pães que estavam no lixo, começaram a atrapalhar o atendimento aos clientes do padeiro. Diante dessa situação seu José apanhou uma vassoura e começou a espalhar aqueles pássaros inoportunos.
Assustados, desorientados, os pombos seguiram em direção ao Estádio General Sampaio. Nesse momento, por alguns instantes, todos os olhares se desviaram daquela partida tensa, e focaram apenas naquele espetáculo deslumbrante dos pássaros sobrevoando a cabeça do goleiro de Palmeirópolis que se distraiu tentando se desviar dos pombos. Percebendo a confusão, um jogador do Interporto aproveitou a oportunidade e com muita agilidade, brincou com a bola e marcou o gol da vitória que garantiu o titulo de campeão tocantinense ao Interporto e a inevitável derrota para o Palmeirópolis.       


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Relato da oficina de poesia social: (D)ENUNCIANDO REALIDADES

                           Por Claudete Rocha Fernandes e Iuri Gomes.

Imagem da internet. Luta. Resistência.


No dia 20/11/2018 (Dia da Consciência Negra - um dia simbólico para denunciarmos uma realidade... não acham?), no Colégio Estadual Dr Pedro Ludovico Teixeira, os discentes Elyzania Corado, Tatiane Nascimento, Thaisa de Sousa, Claudete Rocha Fernandes e Iuri Gomes realizaram uma oficina de poesia social com os alunos do 9° ano, a oficina aconteceu no período vespertino, para que os alunos não perdessem suas aulas.

Trabalhamos com a poesia "Mulata exportação", da poeta, artista, atriz e compositora Elisa Lucinda. A nossa proposta consistiu em uma apresentação teatral da poesia e em seguida um debate sobre as percepções e reflexões consequentes da nossa apresentação. Incorporamos todo o significado do poema e tentamos chamar a atenção dos alunos para a causa antirracista e contra a violência às mulheres, já que o poema centraliza essas duas problemáticas. Abaixo você pode acompanhar o vídeo da Elisa Lucinda recitando o poema "Mulata exportação". Apreciem!


Depois da nossa apresentação percebemos alguns olhares curiosos e incomodados com o que viram, já que a poesia social tem a função de denunciar e fazer com que surja uma ação da nossa indignAÇÃO. Os alunos e alunas disseram que o poema dialogou com a realidade deles. As meninas se identificaram e formaram contundentes reflexões sobre as suas vivências, marcadas pelo machismo, racismo e violência. Confira abaixo algumas fotos:


Depois de ouvirmos os relatos dos alunos e elaborarmos juntos um entendimento do poema propomos aos alunos a criação de poesias sociais. Pedimos aos alunos para que refletissem sobre as problemáticas sociais que os incomodavam para que expusessem o fato no poema, numa linguagem criativa, simples e provocadora. 

Ficamos surpresos com as poesias criadas, vimos que os alunos internalizaram o aprendizado e sentiram-se seguros para denunciar a cruel vivência de jovens da periferia, esquecidos pelo Estado, mas que se mantém firmes e esperançosos em dias melhores.

Recolhemos as poesias dos alunos e elas servirão de análise para futuros trabalhos na academia e no próprio Colégio. A nossa intenção é socializar os poemas com os demais alunos da escola e incentivá-los na produção de suas poesias, denunciando e enunciando as realidades.

Portanto, a nossa experiência foi legitimamente proveitosa, rica e política. Buscamos levar aos alunos provocações pertinentes às suas vivências enquanto jovens cidadãos. Vale ressaltar que a troca de aprendizados foi marcante. Saímos da oficina mais conscientes, didáticos e firmes do nosso propósito. Que é o de propagar uma educação inclusiva, libertadora e progressista. 

Viva o PIBID! Viva Paulo Freire! Viva Elisa Lucinda! 

Sem mais,

acadêmicxs do PIBID.