segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Relato da oficina de poesia social: (D)ENUNCIANDO REALIDADES

                           Por Claudete Rocha Fernandes e Iuri Gomes.

Imagem da internet. Luta. Resistência.


No dia 20/11/2018 (Dia da Consciência Negra - um dia simbólico para denunciarmos uma realidade... não acham?), no Colégio Estadual Dr Pedro Ludovico Teixeira, os discentes Elyzania Corado, Tatiane Nascimento, Thaisa de Sousa, Claudete Rocha Fernandes e Iuri Gomes realizaram uma oficina de poesia social com os alunos do 9° ano, a oficina aconteceu no período vespertino, para que os alunos não perdessem suas aulas.

Trabalhamos com a poesia "Mulata exportação", da poeta, artista, atriz e compositora Elisa Lucinda. A nossa proposta consistiu em uma apresentação teatral da poesia e em seguida um debate sobre as percepções e reflexões consequentes da nossa apresentação. Incorporamos todo o significado do poema e tentamos chamar a atenção dos alunos para a causa antirracista e contra a violência às mulheres, já que o poema centraliza essas duas problemáticas. Abaixo você pode acompanhar o vídeo da Elisa Lucinda recitando o poema "Mulata exportação". Apreciem!


Depois da nossa apresentação percebemos alguns olhares curiosos e incomodados com o que viram, já que a poesia social tem a função de denunciar e fazer com que surja uma ação da nossa indignAÇÃO. Os alunos e alunas disseram que o poema dialogou com a realidade deles. As meninas se identificaram e formaram contundentes reflexões sobre as suas vivências, marcadas pelo machismo, racismo e violência. Confira abaixo algumas fotos:


Depois de ouvirmos os relatos dos alunos e elaborarmos juntos um entendimento do poema propomos aos alunos a criação de poesias sociais. Pedimos aos alunos para que refletissem sobre as problemáticas sociais que os incomodavam para que expusessem o fato no poema, numa linguagem criativa, simples e provocadora. 

Ficamos surpresos com as poesias criadas, vimos que os alunos internalizaram o aprendizado e sentiram-se seguros para denunciar a cruel vivência de jovens da periferia, esquecidos pelo Estado, mas que se mantém firmes e esperançosos em dias melhores.

Recolhemos as poesias dos alunos e elas servirão de análise para futuros trabalhos na academia e no próprio Colégio. A nossa intenção é socializar os poemas com os demais alunos da escola e incentivá-los na produção de suas poesias, denunciando e enunciando as realidades.

Portanto, a nossa experiência foi legitimamente proveitosa, rica e política. Buscamos levar aos alunos provocações pertinentes às suas vivências enquanto jovens cidadãos. Vale ressaltar que a troca de aprendizados foi marcante. Saímos da oficina mais conscientes, didáticos e firmes do nosso propósito. Que é o de propagar uma educação inclusiva, libertadora e progressista. 

Viva o PIBID! Viva Paulo Freire! Viva Elisa Lucinda! 

Sem mais,

acadêmicxs do PIBID. 

4 comentários:

  1. Amei participar!!! Pra mim foi uma experiência única e de grandes aprendizados. Obrigado aos meus colegas, coordenadores do PIBID e à Vera (supervisora do Colégio) por ser tão carinhosa e receptiva. Que venham mais oficinas!!!

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  2. Parabéns aos envolvidos! Foi ótimo participar dessa oficina. Até breve!

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  3. Caros Professores!
    Foi com muita satisfação que presenciei a apresentação de vocês no retorno a faculdade. Nesse momento percebi o engajamento do grupo e a satisfação em atuar na sala de aula. Parabéns!

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  4. Ficou linda a postagem! Parabéns pela perseverança. Fiz alguns ajustes para não ficar com cara de trabalho acadêmico e adequar-se ao suporte blog. As informações do Pibid e UFT já estão no topo. Não há necessidade de cabeçalhos, apenas o título.
    As imagens precisam ter legendas, não basta dizer que é da internet, mas precisa ter o autor e de onde foi retirada. Isso é respeito pela produção do outro para além de direitos autorais.
    Quanto a oficina, eu já sabia que havia sido engajada. Poderiam falar melhor dos resultados, i.e, da produção dos estudantes que é nosso objetivo. Porém, um último comentário se refere à sequência didática que, em geral, primeiro detecta o conhecimento prévio dos estudantes do que é poema e poesia. Então pede-se uma produção inicial e, depois dessa avaliação da produção inicial que passamos para a exposição e nova produção já com algum conhecimento que deve ser indo aumentado em módulos. (ver DOLZ, SCHNEUWLY e NOVERRAZ, 2004) como foi proposto na reunião antes das oficinas. Para passarmos a realizar adaptações, seria importante primeiro praticar a SD completa. Contudo, entendo que para uma SD completa precisaríamos de ao menos 10h ela deve se desmembrar em várias atividades. Parabéns. Vamos para a próxima.

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