Por: Michele Marques
A visita do dia 12 de setembro de 2018 fez se possível
conhecer o corpo docente, as dificuldades e questões quantitativas, bem como
todo o espaço físico da escola em questão. A parte que será abordada na
presente postagem; a questão da merenda, toda a problemática que a envolve e
imagens do dia em questão.
O responsável
por esse assunto, o coordenador financeiro Willian Harvey, relatou que desde o
ano passado ocorre de haver faltas dos alimentos, tendo merenda em uma semana e
em outras semanas faltarem. O processo é o seguinte, os nutricionistas da DRE
pré estabelecem aproximadamente cinquenta cardápios e as escolas escolhem
alguns deles, porém o valor para a merenda é de R$ 0,68 centavos por
aluno - que é visível até para um leigo em economia que não é de longe
suficiente para suprir as necessidades de todos os alunos. Ele relatou ainda
que o fato de não ter o Programa Mais Educação na escola - além de prejudicar
no objetivo principal-, culminou em na diminuição do dinheiro para a merda,
dado que a verba destinada à alimentação para as pessoas do programa ajudava
muito e a valor de R$1.700 está sendo depositado na conta da escola, entretanto
eles não podem usufruir; se não houver o programa tem que devolver.
O meu pesar para a questão da
merenda, que a meu ver não é vista da forma devastadora como se apresenta,
tendo em vista que os alunos perdem muito com esse déficit, já que além de os
alunos do período matutino serem liberados cinco minutos mais cedo de cada aula
(que já não tem a duração necessária para o fluir de conteúdos), a falta de
alimentos implica diretamente no aprendizado dos alunos, pois a probabilidade
de aprendizado/desenvolvimento quando se está com fome é baixíssima.
Os alunos que são todos de
classe baixa, não tem condição de levar lanche todos os dias e contam com a
merenda da escola, por conseguinte não desenvolverão a capacidade cognitiva
como é necessário e resulta na não apreensão dos conteúdos.
Os déficits que a diretora e coordenadoras
apresentaram em
relação ao rendimento estarão
comprometidos e a problemática da merenda está diretamente ligada a tais
déficits. Todo
o contexto do
individuo deve
ser observado para
seu sucesso na escola
e não apenas o que está sendo trabalhado em sala de aula. Essas questões ferem a Lei de Diretrizes Básicas, no título II, dos princípios e
fins da educação nacional, no artigo 3º, que diz o seguinte: “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;”, é complicado a continuidade e desenvolvimento do
aluno na escola, sem que suas necessidades básicas -que são asseguradas pela
legislação que regulamenta o sistema educacional- sejam atendidas. É lamentável também que os professores não
possam lanchar na escola, ficando apenas com o que sobra, há quem possa refutar essa questão
dizendo
que os alunos são prioridade, essa
afirmativa é acertada
para todos, entretanto a questão não é
selecionar quem irá comer, é ter verba para todos comerem.
Abaixo fotos da merenda no dia em
questão, da cantina, do cardápio e dos pibidianos comendo, respectivamente:
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